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Pressão de 12 por 8 passa a ser considerada como “pré-hipertensão”, indica nova diretriz



Objetivo da alteração é estimular a mudança de estilo de vida de forma prévia

Foto: O limite anteriormente aceito de 14 por 9 (140/90 mmHg) foi substituído por uma meta mais exigente: abaixo de 13 por 8 (130/80 mmHg). Kurhan / Shutterstock
19 de setembro de 2025

Tradicionalmente classificada como um índice normal, a pressão arterial de 12 por 8 passou a ser considerada como pré-hipertensão na nova Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial. A mudança apresentada nesta quinta-feira (18) no 80º Congresso Brasileiro de Cardiologia, tem intuito de reforçar ações preventivas. As informações são do g1.

O documento foi elaborado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) e pela Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH). A nova diretriz segue os padrões apresentados no Congresso Europeu de Cardiologia, em 2024.

Com a atualização, valores entre 120 e 139 mmHg de pressão sistólica e/ou entre 80 e 89 mmHg de diastólica entram na faixa de pré-hipertensão. O intuito é estimular hábitos saudáveis e mudança no estilo de vida de forma precoce e preventiva. Em casos específicos, os médicos poderão indicar o início de tratamento medicamentoso.

Metas mais rígidas para controle

A recomendação para pacientes hipertensos também foi revista. O limite anteriormente aceito de 14 por 9 (140/90 mmHg) foi substituído por uma meta mais exigente: abaixo de 13 por 8 (130/80 mmHg), independentemente de idade ou comorbidades.

A medida busca reduzir complicações como infarto, acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência renal.

Avaliação de risco cardiovascular

Pela primeira vez, o documento incorpora o escore PREVENT – ferramenta que estima a probabilidade de eventos cardiovasculares em um período de 10 anos. O cálculo considera fatores como obesidade, diabetes, colesterol elevado e danos em órgãos como coração e rins.

SUS e saúde da mulher ganham destaque

A diretriz inclui capítulos inéditos voltados ao Sistema Único de Saúde (SUS) e à saúde feminina. Cerca de 75% dos brasileiros com hipertensão são atendidos na rede pública, o que motivou a adaptação das recomendações à realidade do SUS, com foco na atenção primária e no uso de medicamentos disponíveis.

No caso das mulheres, o texto orienta cuidados específicos em fases como uso de anticoncepcionais, gestação e menopausa. Também alerta para o acompanhamento prolongado de pacientes que tiveram hipertensão durante a gravidez.

Tratamento e estilo de vida

O documento reforça medidas para a mudança no estilo de vida e comportamento. Entre as recomendações estão a prática regular de exercícios físicos, redução no consumo de sal e perda de peso.

Impacto nacional

A hipertensão afeta cerca de 28% dos adultos no Brasil, mas apenas um terço mantém a pressão sob controle. Com a nova diretriz, milhões de pessoas podem passar a ser consideradas em risco.

Fonte : GZH 
Foto : Kurhan / Shutterstock

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