Vítima da região Centro-Oeste perdeu R$ 100 mil; durante investigação, foi identificado que o grupo criminoso atua em outros Estados
Foto: Operação foi feita pela Polícia Civil de Mato Grosso.
Polícia Civil/MT / Divulgação A Polícia Civil de Mato Grosso fez uma operação no Rio Grande do Sul nesta terça-feira (18) contra um grupo especializado em crimes de extorsão praticados na internet com o uso de inteligência artificial. Os líderes do esquema estão no sistema prisional.
Chamada de “Falso Contato”, a ofensiva cumpriu 32 mandados em Porto Alegre, Esteio, Canoas, São Jerônimo, Esteio e Charqueadas.
Segundo a polícia, a investigação teve início com um morador de Cuiabá (MT), que teve um prejuízo de R$ 100 mil.
No golpe, os criminosos entravam em contato com vítimas por meio de redes sociais usando um perfil falso de uma adolescente. Depois, a conversa migrava para o WhatsApp.
— Após conseguir uma foto do rosto da vítima, o grupo criminoso realizava a montagem de vídeos ou fotos íntimas falsas. Na sequência, outro golpista entrava em contato se passando por policial civil ou pai da suposta adolescente, sob a falsa alegação de que a vítima teria trocado imagens íntimas com uma menor, criando uma ameaça de prisão por pedofilia e exposição pública — explicou o delegado Guilherme Campomar da Rocha, responsável pela investigação.
A extorsão se consumava com a exigência de pagamentos sob o pretexto de acordos ou multas, para que não dessem andamento a uma possível investigação.
Para aumentar a pressão, os suspeitos escalaram as ameaças, chegando a afirmar que seriam membros de determinada facção criminosa.
Outros casos foram identificados pela polícia, o que indica que a quadrilha gaúcha agia em outros Estados. Foram identificados 16 suspeitos, entre eles apenados da Penitenciária Estadual de Charqueadas, além de familiares ou visitantes dos alvos.
A operação apreendeu celulares, tablets e notebooks, essenciais para a produção, armazenamento e compartilhamento de arquivos e comunicação.
A operação durou quase dois anos, com diligências cruciais para mapear a rede de atuação dos criminosos, que operavam a partir de diversas contas falsas em redes sociais e e-mails.
A operação teve apoio da Polícia Civil do Rio Grande do Sul para o cumprimento das ordens judiciais.
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