Proposta está na pauta de votação de terça-feira e prevê ajuda a grupos afetados em função das restrições para conter avanço da Covid-19
A Assembleia Legislativa deverá votar nesta terça-feira o projeto do governo do Estado que estabelece auxílio emergencial no âmbito do Estado. A proposta foi apresentada há duas semanas pelo governo e, por acordo de líderes, teve a tramitação acelerada. A iniciativa tem duas frentes: dar apoio à atividade econômica mais impactada, segundo o governo, com as restrições, e a proteção social, por meio de ajuda às famílias chefiadas por mulheres e não atendidas por outros projetos.
O auxílio emergencial ao todo deve repassar R$ 130 milhões, sendo R$ 100 milhões para auxílio e R$ 30 milhões para projetos de cultura, assistência social e esporte. A previsão do Executivo é garantir o crédito aos beneficiários entre 30 e 45 dias. O projeto foi protocolado na semana passada e teve a tramitação acelerada por acordo de líderes.
A iniciativa é fruto de intensa articulação da Assembleia Legislativa e governo. Um exemplo é o fato de a proposta abranger, parcialmente, dois projetos de deputados apresentados há um ano para auxiliar as famílias mais vulneráveis durante a pandemia. As iniciativas eram de Valdeci Oliveira (PT) e Luciana Genro (PSol).
O projeto também veio como resposta às pressões de integrantes de setores de gastronomia e hospedagem, que pediam maior flexibilização, intermediado pelo presidente da Assembleia, Gabriel Souza (MDB). Há duas semanas, o governo até chegou a projetar a redução das restrições, o que não foi possível diante dos elevados números da ocupação hospitalar e de casos. Na justificativa, o governo diz não haver margem para “qualquer majoração” em função da “precária situação financeira”.
A agilidade na votação é criticada pelos deputados do Novo, que acreditam que haja a necessidade de mais debate. “Guias turísticos ficaram de fora. Será que R$ 2 mil ajuda tanto um hotel quanto ajudaria um guia turístico desempregado”, questiona o líder da bancada, Giuseppe Riesgo.
*Fonte: Correio do Povo