Como funcionava esquema de universitário suspeito de desviar mais de R$ 400 mil de estudantes no RS, segundo polícia - Agora Já -

Como funcionava esquema de universitário suspeito de desviar mais de R$ 400 mil de estudantes no RS, segundo polícia



Hiago Michael Polese, de 21 anos, teve a prisão preventiva decretada. Investigação apurou que ele desviava valores pagos por estudantes a associação responsável por subsidiar o transporte universitário.

Foto: Hiago Michael Polese é considerado foragido após suspeita de desviar dinheiro de organização — Foto: Reprodução/Redes sociais e Polícia Civil/Divulgação
19 de setembro de 2025

O ex-presidente da Associação dos Universitários de Nova Petrópolis (AUNP) Hiago Michael Polese, de 21 anos, teve prisão preventiva decretada por suspeita de participar de um esquema de desvio de recursos da instituição, mantida por valores pagos por estudantes. Ele está foragido.

A entidade é responsável por administrar uma parceria público-privada com a Prefeitura de Nova Petrópolis, Serra do RS, para subsidiar o transporte de estudantes universitários.

Segundo as investigações da Polícia Civil, o esquema teria causado um prejuízo superior a R$ 430 mil, valor que ainda está sendo apurado. A operação policial que apura o caso, batizada de “Rota Desviada”, foi deflagrada na quinta-feira passada (11), mesmo dia do decreto da prisão.

g1 não localizou a defesa de Polese para comentar o assunto até a publicação desta reportagem.

A prefeitura de Nova Petrópolis, por meio de nota, disse que “não há indícios de subtração ou desvio do recurso público, que até aqui foi efetivamente aplicado na consecução do objetivo da parceria”, mas que “a situação segue se desenrolando, enquanto os repasses encontram-se suspensos até a regularização, por parte da entidade” (leia a nota, na íntegra, abaixo).

Entenda abaixo como funcionava o esquema, segundo a polícia.

Modus operandi

A fraude veio à tona após uma fiscalização de rotina realizada pelo gestor de parcerias da prefeitura, que identificou falhas na contabilidade da associação, como saldo inicial incompatível e ausência de depósitos referentes à contrapartida da entidade.

De acordo com os dados apurados pela polícia, o desvio funcionava da seguinte maneira:

  • O dinheiro envolvido no esquema vinha das mensalidades pagas pelos estudantes associados à AUNP;
  • Os valores eram inicialmente depositados na conta de arrecadação da associação;
  • Antes que os recursos fossem transferidos para a conta específica da parceria público-privada, que é monitorada pelo poder público, os valores eram desviados;
  • O montante era sistematicamente redirecionado para fins não autorizados, sem passar pelo controle previsto na parceria com a Prefeitura.

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