Conselheiros do Inter pedem adiamento da votação do orçamento e cobram transparência sobre contas - Agora Já -

Conselheiros do Inter pedem adiamento da votação do orçamento e cobram transparência sobre contas



Documento questiona projeção de receitas de torneios da Conmebol, exige reformulação da peça orçamentária para 2026 e solicita esclarecimentos sobre a operação envolvendo os direitos da LFU

Foto: Conselheiros do Inter pedem adiamento da reunião sobre o orçamento de 2026 Foto : MAURO SCHAEFER
11 de dezembro de 2025

Um grupo de conselheiros do Inter protocolou, nesta semana, um requerimento formal endereçado ao presidente do Conselho Deliberativo, Gustavo Juchem. No documento, eles solicitam informações detalhadas sobre as contas do clube, pedem o adiamento da sessão de 15 de dezembro, que analisará o orçamento para 2026, e reivindicam a reformulação da peça orçamentária.

O principal ponto do pedido é a retirada de pauta da votação do orçamento do próximo exercício. Os conselheiros afirmam que a proposta enviada pelo Conselho de Gestão prevê receitas provenientes de direitos e premiações por participação em competições sul-americanas. Entretanto, após o desempenho no Campeonato Brasileiro recém-encerrado, o Inter não se classificou para nenhum torneio internacional, tornando impossível o cumprimento dessas metas de receita.

Por isso, o grupo solicita a elaboração de um novo orçamento, alinhado à realidade esportiva e financeira atual, que deve passar novamente pelo parecer do Conselho Fiscal antes de retornar ao plenário do Conselho Deliberativo.

LFU

Além das questões relacionadas ao orçamento, o requerimento também cobra esclarecimentos sobre a contabilização da recompra ou devolução de 10% dos direitos ligados à Liga Forte União (LFU) e o impacto dessa operação nos exercícios de 2023, 2024 e 2025.

Em 2023, o clube havia registrado R$ 211,8 milhões líquidos referentes à venda inicial de 20% dos direitos da LFU como “Outras Receitas Operacionais”. O Conselho Fiscal já havia classificado esse reconhecimento integral da receita em um único exercício como um “critério altamente discutível”.

Posteriormente, o Inter teria optado pela recompra de metade do percentual cedido, reduzindo a alienação para 10% dos direitos futuros. A operação, concretizada em janeiro de 2025, teria representado a renúncia ao recebimento de parcelas que somariam aproximadamente R$ 106 milhões. Os conselheiros afirmam que a gestão e o Conselho Fiscal não abordaram essa operação em nenhum documento orçamentário ou suplementação, motivo pelo qual exigem transparência imediata.

O requerimento é assinado por representantes de cinco movimentos políticos do clube: Movimento Inter Maior, Movimento Avante Inter, Movimento DNA+ Colorado, Movimento Inter Grande e Movimento União Colorada.

Fonte : Correio do Povo 
Fonte :  MAURO SCHAEFER

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