Cadáveres estavam em área de mata, local onde houve confronto entre policiais e traficantes durante ação da terça-feira
Foto: Ação das forças policiais é considerada a mais letal da história do Rio de Janeiro.
Jocimar Farina / Agencia RBS Mais de 60 corpos foram levados por moradores do Complexo da Penha para a Praça São Lucas, uma das principais da região, ao longo da madrugada desta quarta-feira (29). Essas pessoas teriam sido mortas durante a operação realizada na terça-feira (28), a mais letal da história do Rio de Janeiro.
O governo do Rio de Janeiro havia confirmado na terça (28) a morte de 64 pessoas durante nova fase da Operação Contenção, sendo quatro policiais. Segundo a Defensoria Pública do Rio de Janeiro, são 132 mortos ao todo em decorrência da operação.
Os corpos estavam em uma área de mata, onde houve confronto entre traficantes e policiais. Estima-se em 150 o número total de cadáveres a serem retirados do local, conforme fonte da prefeitura.
Por volta das 7h40min, caminhonetes da Defesa Civil estadual chegaram para recolher os restos mortais e levá-los ao Instituto Médico Legal (IML). O secretário da Polícia Militar do Rio de Janeiro, coronel Marcelo de Menezes Nogueira, informou ao g1 que está apurando o que aconteceu.
O governo do Estado do Rio de Janeiro anunciou que realizará uma coletiva de imprensa às 11h30min para falar sobre os resultados da operação de terça-feira.
Além dos corpos na praça, na manhã desta quarta-feira, moradores levaram de kombi outros seis cadáveres ao Hospital Estadual Getúlio Vargas. De acordo com o g1, o veículo chegou em alta velocidade e deixou o local rapidamente.
A megaoperação realizada contra o Comando Vermelho (CV) nos complexos da Penha e do Alemão foi considerada a mais letal da história do Rio de Janeiro. Pelo menos 2,5 mil agentes das forças de segurança do Rio de Janeiro foram às ruas para cumprir cem mandados de prisão. Criminosos reagiram com tiros e barricadas em chamas.
Ainda em retaliação, segundo a Polícia Civil, eles lançaram bombas com o auxílio de drones e fugiram pela parte alta da comunidade, em uma cena semelhante à registrada em 2010, quando o Complexo do Alemão foi ocupado.
Uma mulher foi feita de refém por 26 criminosos na Vila Cruzeiro, na zona norte da capital fluminense. Na casa onde eles estavam, foram encontrados 19 fuzis. Um dos criminosos foi morto e os outros 25, presos. Na mesma região, foram apreendidos 200 quilos de maconha.
No total, 81 pessoas foram presas e 93 fuzis apreendidos. Além dos 64 mortos, pela contagem oficial, pelo menos 15 policiais ficaram feridos.
(55) 3375-8899, (55) 99118-5145, (55) 99119-9065