Em assembleia geral na tarde desta quinta-feira, o Cpers decidiu continuar com a greve dos professores estaduais por tempo indeterminado. Cerca de quatro mil professores participaram do ato em frente ao Palácio Piratini, de acordo com o sindicato.
Um professor, de um dos núcleo da Capital, sugeriu que a greve fosse substituída por “estado de greve” — voltar ao trabalho mas seguir em alerta e retomar a paralisação se a negociação não avançar. Em votação, a ideia não foi aprovada pela grande maioria.
A presidente do Cpers, Rejane de Oliveira, disse que não será divulgado balanço com os números da greve.
— Nosso balanço da greve até aqui é positivo. Conseguimos atingir um grande número de pessoas com o debate. Quanto aos índices, não vamos cair nessa do governo querer criar uma disputa de números para desviar a atenção dos reais objetivos da greve — afirmou Rejane.
Ela também disse que o governo estadual não fez nenhuma proposta de negociação e negou-se a receber o comando de greve na tarde desta quinta-feira. Nesta sexta-feira o comando de greve volta a se reunir às 14h.
Os manifestantes pedem o pagamento integral do piso nacional do magistério e que o governo desista de implantar as reformas no processo de avaliação escolar e no currículo do Ensinos Médio.
De acordo com o governo estadual, apenas cerca de 5% dos professores estão em greve.
Contraponto
De acordo com o secretário estadual de Educação, Jose Clovis de Azevedo, o governo reafirma que está aberto ao diálogo. No entanto, o sindicato deve apresentar uma pauta concreta para que a audiência possa ser marcada.
Fonte: radio gaúcha e zero hora.