Exército descarrega estrutura da ponte provisória que liga Caxias a Nova Petrópolis, e montagem começa segunda - Agora Já -

Exército descarrega estrutura da ponte provisória que liga Caxias a Nova Petrópolis, e montagem começa segunda



Passagem terá 60 metros de comprimento e será alternativa após ponte sobre o Rio Caí na BR-116 ter estrutura danificada

Foto: Peças chegaram ao longo desta semana e já estão todas em Caxias do Sul. Bruno Todeschini / Agencia RBS
13 de junho de 2024

Nesta quinta-feira (13), equipes do Exército de Aquidauana, no Mato Grosso do Sul, descarregam a estrutura para montar a ponte provisória que ligará Caxias do Sul a Nova Petrópolis — será a alternativa após a ponte sobre o Rio Caí, na BR-116, ser danificada pela cheia. O grupo de 75 militares é do 9º Batalhão de Engenharia de Combate e é uma das oito equipes brasileiras especialistas no “lançamento de pontes provisórias”, termo usado para a metodologia que será utilizada na montagem.

A junção da estrutura no chão e o içamento da ponte, unindo os municípios por Vila Cristina, deve começar na próxima segunda-feira (17). Ainda neste final de semana, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) trabalha para concluir as cabeceiras da ponte. A intenção é terminar este serviço no domingo (16).

O encarregado da construção das cabeceiras, Daniel da Silva, funcionário do Dnit, explica que a obra está dentro do prazo esperado. Ao todo, 15 profissionais trabalham com as máquinas para preparar a base da ponte com pedras. A matéria-prima vem parte de pedreira de Caxias do Sul e outra de Nova Petrópolis.

— A gente começou a cabeceira há uns 20 dias e está colocando as pedras nos dois lados. Precisamos deixar um espaço para que a água do rio escoe, por isso será colocada a ponte e não feita uma nova estrada. Este lugar foi escolhido pelo Exército por ser o ponto mais alto da região e com menos risco para novos alagamentos — complementa Silva.

O Dnit ainda fará, após a instalação da estrutura de ferro, o asfaltamento do trecho de acesso. No lado de Caxias, o acesso a ponte já é todo asfaltado, e será complementado apenas na região da nova cabeceira. Já do lado de Nova Petrópolis todo o trajeto da BR-116, até o local onde fica a ponte, será asfaltado.

Os capitães Luis Henrique e Siqueira são os encarregados pelo Exército Brasileiro de Aquidauana para coordenar a equipe. Os militares revelam que toda a estrutura já está em Caxias do Sul e foram necessários sete caminhões do modelo bitrem e outros 22 veículos diversos para transportar a estrutura de ferro da ponte. O descarregamento dos pedaços termina nesta quinta e aguarda-se a conclusão das cabeceiras para iniciar o trabalho de lançamento. A montagem acontecerá no período diurno, pela segurança de manusear materiais que são pesados.

— As peças são montadas no chão, como um lego, depois serão colocadas em cima de rodas e levadas até o lado de Nova Petrópolis — explica o capitão Siqueira.

A ponte terá 60 metros de comprimento e cinco de largura, ou seja, ela é de pista única, por isso, o trânsito será liberado no sistema pare e siga, com uma triagem feita pelo próprio Exército.

— A estrutura é provisória, ficará por tempo indeterminado, mas é uma medida paliativa. Ela suporta 80 toneladas, por isso, haverá uma equipe do Exército permanentemente em cada lado para triar os caminhões e veículos que precisarem passar — ressalta o capitão Luis Henrique.

A previsão é que em 20 dias a ponte esteja no lugar. Mas, o lançamento depende das condições do clima. Segundo os capitães, o serviço pode ser paralisado em caso de chuva forte e raios. O frio também deve ser um pequeno empecilho, já que em Aquidauana o clima é mais quente e os servidores do Exército não estão acostumados com a temperatura gaúcha. Eles estão recebendo suporte do 3º Grupo de Artilharia Antiaérea (3ºGAAAe), de Caxias do Sul. Parte da estrutura montada para o suporte básico dos militares no canteiro de obras é da equipe de Caxias.

Ponte da BR-116

Nesta manhã de quinta, em paralelo, outra equipe do Dnit trabalhava na ponte tradicionalmente usada da BR-116. A equipe está furando a estrutura, pela parte de cima, para inserir dinamites. A parte central, que foi danificada, será explodida e refeita. Esse serviço deve demorar 20 dias, segundo os funcionários do local.

Para evitar o deslocamento de pessoas na ponte, o Dnit colocou tapumes, bloqueando totalmente a passagem. Além disso, uma equipe de segurança fica permanentemente nas cabeceiras controlando o fluxo de pessoas.

O espaço entre as duas pontes é de cerca de 1 km. Poucos metros antes de chegar na ponte da BR-116, em Vila Cristina, o motorista vira a esquerda e acessa a estrada que margeia o rio e o leva até Sebastopol ou Santa Lucia do Piaí.

Fonte : GZH 
Foto : Bruno Todeschini / Agencia RBS

 


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