Polícia Federal confirmou que homem era residente em pediatria na cidade. Investigação teve início a partir de informações fornecidas pela polícia de Ontario, no Canadá
Um médico foi preso em Passo Fundo, no norte gaúcho, por armazenar e compartilhar pornografia infantil. Conforme a Polícia Federal, o suspeito foi preso em flagrante na manhã desta quinta-feira (12).
A prisão é resultado da Operação Moloch, que visa repreender crimes de divulgação e armazenamento de material contendo abuso sexual infantojuvenil. Conforme a Polícia Federal, a investigação teve início a partir de informações fornecidas pela polícia de Ontario, no Canadá.
A Polícia Federal rastreou o material a partir de alerta de agentes canadenses. Não há informações sobre a origem do conteúdo criminoso.
Durante a investigação, os agentes identificaram que os IPs de onde partiu o conteúdo criminoso direcionavam a Uruguaiana, onde o médico morava anteriormente. Ele se mudou a Passo Fundo para realizar a residência médica. O homem foi preso em flagrante na manhã desta quinta-feira.
Em nota, o advogado que o representa, Gilvan Hansen Júnior, informou que o processo tramita sob sigilo de Justiça e aguarda a conclusão da investigação para eventual manifestação. Ele disse que o cliente passou por audiência de custódia e teve a prisão em flagrante convertida em preventiva. A defesa deve ingressar com pedido de Habeas Corpus.
Em nota a GZH, o Hospital de Clínicas de Passo Fundo declarou que não foi informado oficialmente sobre o caso e que tomou conhecimento através da imprensa, mas encaminha as providências necessárias.
A UFFS, por sua vez, informou que não foi procurada ou notificada pelos órgãos competentes sobre o assunto, mas que fica à disposição das autoridades para eventuais esclarecimentos. Também informou que, se confirmadas as acusações, tomará todas as medidas cabíveis.
“A Universidade Federal da Fronteira Sul vem a público manifestar-se sobre as informações veiculadas na imprensa acerca da prisão em flagrante de um médico residente que realiza Programa de Residência Médica na Instituição e que pode estar envolvido em possível prática de crime. Em atenção à imprensa e à sociedade, esclarecemos que:
A Universidade ainda não foi procurada ou notificada pelos órgãos competentes sobre o assunto, mas, desde já, está à disposição das autoridades para qualquer esclarecimento;
As investigações dessa natureza correm sob segredo de justiça, e a Universidade, enquanto órgão público, tem o dever de seguir os princípios legais e de sigilo, não sendo permitido à Instituição interferir na apuração e no julgamento dos fatos, que serão realizados nas instâncias competentes;
A Universidade acompanha atentamente o desdobramento do caso e, em se confirmando as hipóteses aventadas, tomará todas as medidas que estiverem sob sua alçada;
A Universidade repudia de forma veemente atos de violência que atentem contra os direitos humanos, sejam individuais ou coletivos”.