Caso é investigado como feminicídio. Vítima tinha medida protetiva de urgência, mas não renovou a proteção depois que prazo expirou, em novembro
Foto: Com o suspeito foram apreendidas duas facas e uma camiseta com vestígios de sangue.
Polícia Civil / Divulgação A Polícia Civil investiga a morte de Katiele de Oliveira dos Santos, 28 anos, ocorrida no fim da tarde de ontem (26) em Miraguaí, município de cerca de 5 mil habitantes no noroeste gaúcho.
A mulher foi atingida por facadas e morreu no Hospital de Tenente Portela por volta das 17h55min. O companheiro da vítima foi preso em flagrante, suspeito de cometer o crime.
De acordo com o delegado Marion Volino, à frente da investigação do caso, testemunhas relataram que Katiele saiu de casa com o filho de cinco anos depois de ser ferida pelo companheiro.
Ela buscou ajuda na casa de um vizinho e foi encaminhada ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos. Informações preliminares — que ainda dependem de laudo — apontam que ela foi atingida por duas facadas no pescoço.
Enquanto a mulher recebia atendimento, os policiais da Delegacia de Miraguaí foram até a casa onde pediu socorro e identificaram o suspeito na rua com uma faca na mão. Ele foi abordado, desarmado e preso em flagrante.
Na ação, a Polícia Civil apreendeu duas facas — uma que estava com o suspeito e outra localizada sobre a mesa da sala da residência do casal —, além da camisa usada por ele, que tinha resquícios de sangue. O material foi encaminhado à perícia.
Conforme a Polícia Civil, o casal vivia junto há mais de cinco anos. Em fevereiro, porém, ela registrou uma ocorrência por ameaça e solicitou medidas protetivas de urgência, que foram deferidas pelo Judiciário. A proteção foi revogada em 17 de novembro, depois que a vítima não renovou o pedido.
A Polícia Civil apura a informação de que o casal teria retomado o relacionamento antes mesmo da revogação. Outro ponto em investigação é o relato de testemunhas de que Katiele teria sido agredida na noite de terça-feira (25) e procurado atendimento hospitalar, mas não acionou os órgãos de segurança.
O caso é investigado como feminicídio. O suspeito segue preso à disposição da Justiça.
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