Mulher usa lençol como corda para fugir de local onde era mantida em cárcere privado por suspeito de estupro no RS, diz polícia - Agora Já -

Mulher usa lençol como corda para fugir de local onde era mantida em cárcere privado por suspeito de estupro no RS, diz polícia



Ela disse que sofreu ameaças, agressões e estupros durante os três meses em que permaneceu presa. Mulher desceu pela janela do terceiro para o segundo andar.

Foto: Foto: Polícia Civil/Divulgação
29 de agosto de 2023

Uma jovem, de 21 anos, conseguiu fugir de um apartamento onde era mantida em cárcere privado há três meses por um suspeito de estupro em São Leopoldo, na Região Metropolitana de Porto Alegre, na segunda-feira (27). De acordo com a Polícia Civil, ela usou um lençol como corda para escapar do local. O homem, que tem 47 anos, foi preso.

Segundo a delegada Michele Arigony, titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), a jovem, que é garota de programa, foi impedida de sair do apartamento, no bairro São Miguel, depois de ir ao local para fazer um atendimento. Quando tentou ir embora, ela contou à Polícia Civil que foi impedida e trancada em um dos quartos do imóvel.

Ela tinha acesso aos outros cômodos somente à noite, quando o homem voltava do trabalho. A mulher relatou que foi ameaçada, agredida e estuprada durante três meses.

“Na segunda-feira, ela conseguiu arrombar a porta danificando o marco dela. Estava determinada a fugir.Com um lençol, fez uma corda e, do terceiro andar, conseguiu descer pela janela até o segundo [andar], onde pediu ajuda para um vizinhaEla procurou a delegacia de polícia e nós, em seguida, fomos até lá para fazer a prisão do suspeito”, relata a delegada Michele.

O homem foi encontrado no local em que trabalha e preso. Depois, foi levado para a delegacia de polícia e, então, para Porto Alegre, onde deverá ser definida a penitenciária onde vai ficar. Ele deve ser indiciado por cárcere privado, ameaça, lesão corporal e estupro.

A mulher foi levada para receber atendimento médico em um hospital. Após, voltou para a casa da mãe, com quem vivia.

A delegada Michelle conta que, apesar de estar há três meses desaparecida, ninguém procurou a polícia para registrar o caso. Além disso, vizinhos do apartamento onde ela estava presa contaram terem ouvido pedidos de socorro, mas ninguém denunciou à polícia.

“É importante que as pessoas denunciem. A Polícia Civil oferece canais onde isso pode ser feito de forma anônima”, explica a delegada.

 

 


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