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O Grito do Silêncio no Front – A Polícia sob D’pressão



S O C O R R O ! A Segurança está Insegura.

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16 de julho de 2023

O Grito do Silêncio no Front

 (*) Jorge Arruda

A criação da instituição polícia, ao ser criada, logo ganhou adereços que lhe foram atribuídos junto com a responsabilidade de manter a ordem na sociedade.

Escondidos no meio de termos como “os homens”, “a polícia”, “os meganhas”, “os guardas”…um adereço foi colado nos agentes policiais, o de que eram “super-homens” e, a eles foram sonegados o direito de serem humanos, de terem sentimentos, de terem problemas e até mesmo de adoecerem.

Nos mais tenebrosos momentos de ditadura, os opressores, criaram outras máximas para manter mobilizada a tropa. Uma delas, a de que “o soldado é superior ao tempo”, chegando ao cúmulo de proibir os militares de usarem guarda-chuvas, porque tinham que suportar as agruras e todo o tipo de intempérie “no osso do peito”.

Hoje, muitas heresias deste tipo se perderam, porém, ainda resta uma sobrecarga que, por vezes, o homem, enquanto policial, não está sendo capaz de suportar.

 

A polícia sob-D’pressão.

 

O que as instituições e governos devem aprender é a valorização da saúde das tropas. A depressão hoje está presente em todos os lugares, em todas as idades e, na polícia não está sendo diferente. É preciso que os governos e comandos aprendam a ouvir àquilo que está dentro de suas instituições, que aprendam a identificar “UM GRITO DO SILÊNCIO” chamado DEPRESSÃO.

Todos os dias, nos deparamos com novos episódios que ocorrem com agentes de segurança, militares e civis, os quais não estão conseguindo administrar problemas particulares e, acabam explodindo em nervos, mas sem que haja uma preocupação real por parte das autoridades responsáveis.

Um policial, militar ou civil, precisa estar constantemente sendo submetido a terapias psicológicas. Deveria ser institucionalizada a obrigatoriedade no sentido de que um agente de segurança passasse por uma sessão psicológica pelo menos uma vez a cada 15 dias. Assim poderia ser captado e tratado qualquer tipo de problema antecedendo o agravamento de depressões que estão atormentando os profissionais, com notícias praticamente todos os dias de agentes de segurança apelando a atos extremos.

No último final de semana mais dois casos extremados chegaram ao conhecimento público. Ambos envolvendo policiais militares, um aposentado e um jovem, ambos buscaram solução no suicídio. Até quando as autoridades irão manter ouvidos moucos para esta triste realidade.

O Policial não é super-homem não, ele tem emoções e precisa de atenção e tratamento digno. Os policiais ao ingressarem em suas instituições, passam por exames de saúde, logo, eles não estavam doentes, se algo aconteceu em decorrência de suas atividades. As causas precisam ser investigadas e mitigadas a ponto de se chegar à raiz do problema e tratar o caso de forma peculiar e não genérica.

 

S O C O R R O ! A Segurança está Insegura.

 

Com a palavra o Governador do Estado, o Secretário de Segurança Pública, o Comandante Geral da Brigada Militar, o Chefe de Polícia.

O fato é real, não existem mais motivos para contemporizar o momento é de apreensão. Lamento profundamente usar este termo, respeito muito a Brigada Militar, e até por isto é que digo: O grito do Tenente da Reserva, foi dado do alto do 15º andar em Porto Alegre, mas o grito mais alto, foi o do silencio do jovem Soldado de Vista Gaúcha.  Não existe mais motivo, não temos mais tempo, a providência precisa ser imediata.

Não adianta “palestrinhas” genéricas, o tratamento tem que ser “personalizado”, o momento é de engajamento de todos, para detectar e prevenir a depressão no meio da tropa e na equipe de serviço, com ações reais.

Que se criem mecanismos para se oferecer e até mesmo exigir aos profissionais da segurança pública, sessões terapêuticas, no mínimo a cada 15 dias, e após o atendimento de determinadas ocorrências que demandem um grande suporte emocional, no dia imediatamente posterior.

Estes mecanismos precisam do engajamento de todas as forças vivas da sociedade, Governo, Prefeituras, Câmaras de Vereadores, Cremers, Clubes de Serviços, enfim de toda a comunidade.

(*) Jorge Adolfo de Arruda  – Advogado OAB/RS 110.415 / Jornalista MTb 14.500/DRTRS

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