Saiba quem são as vítimas do ciclone que atingiu o RS em setembro - Agora Já -

Saiba quem são as vítimas do ciclone que atingiu o RS em setembro



47 pessoas morreram na tragédia, que atingiu quase 100 municípios. Maior parte das mortes se concentra na região do Vale do Taquari.

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13 de setembro de 2023

A passagem de um ciclone extratropical pelo Rio Grande do Sul na noite de segunda-feira (4) deixou pelo menos 47 mortos no estado até esta terça-feira (12). As cidades do Vale do Taquari concentram a maior parte dos óbitos. Apenas na cidade de Muçum, a 157 km de Porto Alegre, foram encontrados 16 vítimas. A reportagem do g1 apurou, junto às prefeituras e à Defesa Civil, a identidade de parte dessas vítimas.

A Defesa Civil também informa que oito pessoas estão desaparecidas: quatro em Muçum, duas em Lajeado, uma em Roca Sales e uma em Arroio do Meio.

A reportagem do g1 confirmou, junto às prefeituras e o Instituto-Geral de Perícias (IGP), que a principal causa das mortes reportada foi afogamento. Com a cheia dos rios, casas e pessoas foram arrastadas pela correnteza.

Mortes

  • Bom Retiro do Sul: 1
  • Colinas: 2
  • Cruzeiro do Sul: 5
  • Encantado: 1
  • Estrela: 2
  • Ibiraiaras: 2
  • Imigrante: 1
  • Lajeado: 3
  • Mato Castelhano: 1
  • Muçum: 16
  • Passo Fundo: 1
  • Roca Sales: 11
  • Santa Tereza: 1

Quem são as vítimas do ciclone?

 

Em Mato Castelhano, um homem morreu após a caminhonete em que ele estava ser levada pela correnteza. Uma outra pessoa, que também estava no carro, conseguiu sair do veículo por conta própria e está segura, segundo os bombeiros. A vítima foi identificada como Cristiano Schusler, de 41 anos.

De acordo com a prefeitura de Mato Castelhano, ele era solteiro, trabalhava como agricultor e morava com a mãe na localidade de Nossa Senhora de Lourdes, no interior do município. Schusler foi velado durante a segunda-feira e sepultado na manhã de 5 de setembro.

Cristiano Schuler morreu em Mato Castelhano — Foto: Arquivo pessoal

Em Passo Fundo, um homem morreu após receber uma descarga elétrica durante o temporal. Ele estava em casa e foi resgatado por familiares. A vítima, identificada como Neri Roberto Gonçalves da Silva, de 67 anos, chegou a ser levada para o Hospital Municipal Doutor César Santos, mas não resistiu. Segundo moradores, o homem foi encontrado caído em casa. Os vizinhos prestaram os primeiros socorros.

Neri Roberto Gonçalves da Silva, de 67 anos, vítima de Passo Fundo — Foto: Arquivo Pessoal

Em Ibiraiaras, duas pessoas morreram ao ficarem presas dentro de um veículo. Conforme a Defesa Civil, elas tentavam atravessar um rio, e o veículo foi levado pela correnteza. Elas foram identificadas como Delve Francescatto e Fátima Godoi Francescatto. De acordo com a prefeitura do município, os dois eram agricultores e deixam duas filhas.

Carro em que estavam Delve Francescatto, de 50 anos, e Ironi de Fátima Godoi Francescatto, de 44 anos, foi destruído pela água — Foto: Reprodução/RBS TV e redes sociais

Em Estrela, duas pessoas morreram. Umas delas é um homem de 57 anos morreu ao ser atingido por uma descarga elétrica na manhã de 5 de setembro. De acordo com relatos, Moacir Engster tentava salvar dois cachorros em uma agropecuária da qual era dono. Ele é pai de um secretário municipal de Teutônia, cidade vizinha, que confirmou a morte.

Moacir Engster, uma das vítimas da enchente que atingiu o Rio Grande do Sul — Foto: Arquivo pessoal

“Meu pai foi uma pessoa sempre muito envolvida com a comunidade, e a vida dele foi sempre muito dedicada aos animais. O amor pelos animais foi bem maior do que o amor pela vida dele”, conta o filho, Guilherme Moacir Engster.

Em Lajeado, uma das vítimas morreu durante o resgate. Um policial militar resgatava Maria da Conceição Alves do Rosário, de 50 anos. Ambos eram içados por um cabo, com a ajuda de um helicóptero, quando o cabo se rompeu e os dois caíram no rio. Maria morreu e o policial ficou ferido.

Em Muçum, Evandro Bertoldi, morreu de segunda (4) para terça (5), enquanto tentava salvar um cãozinho que se afogava. Segundo seu filho, Leandro, ele estava na casa de um amigo, quando viu o animal sendo levado pela correnteza. Foi resgatá-lo, mas não voltou mais.

“”Não desejo pra ninguém. Tenho uma irmã, a Gabriela. Ela tá em pânico. Só sobrou eu e ela”, conta o filho.

Evandro Bertoldi morreu em Muçum de segunda pra terça-feira. — Foto: Arquivo pessoal

Também em Muçum, pai e filho morreram nas enchentes: Danilo e Vagner LourenziHelena Bronzanini, de 97 anos, também morreu.

Helena Bonzanini — Foto: Arquivo pessoal

Outra moradora de Muçum que faleceu foi Claire Bonatto, de 87 anos. Segundo familiares, ela morava sozinha, em uma casa de dois andares, mas não conseguiu se salvar.

Leandro Menegildo morreu em Muçum — Foto: Arquivo pessoal

Leandro Menegildo, de 43 anos, era morador de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, e morreu em Muçum. Segundo o sobrinho, Patrick Menegildo da Silva, Leandro havia ido até a cidade onde a mãe morava.

“Era um cara muito tranquilo, era um gremista apaixonado por vezes acompanhou o time do coração na Arena. Tinha um bom coração, estava na cidade para auxiliar a mãe dele na reconstrução do telhado da casa”, diz Patrick.

Leandro foi enterrado em Canoas. Ele deixa uma filha de 15 anos.

Em Roca Sales, Carlos Alberto Tremarin, de 54 anos, morreu salvando a mãe e o cachorro. Segundo a família, no momento em que a água começou a subir ele colocou a mãe, de 89 anos, em um barco.

Após socorrê-la, foi atrás do cachorro e o colocou no telhado de casa, mas não conseguiu subir junto e se afogou. Segundo seu sobrinho, João Tremarim, Carlos Alberto era aposentado e durante anos trabalhou em uma empresa calçadista da cidade. “Não tinha filhos, mas anos atrás ele resgatou o cachorro das ruas e tratava como filho”.

Carlos Tremarin, 54 anos, morreu em Roca Sales — Foto: Reprodução

Fonte :  g1 RS 
 Foto: Montagem


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