Na proposta, há a previsão de que seja reconhecido estado de emergência no país durante o ano de 2022. Essa ferramenta é necessária para que o auxílio aos caminhoneiros e aos taxistas possa ser pago, tendo em vista que a legislação eleitoral proíbe a criação de benefícios em ano eleitoral, a não ser que o país esteja sob estado de emergência.
Na primeira versão do seu relatório, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) dizia que, para enfrentamento ou mitigação dos impactos decorrentes do estado de emergência reconhecido, as medidas implementadas não poderiam ter vedações ou restrições previstas em norma de qualquer natureza.
Esse trecho foi bastante criticado por outros senadores. A avaliação era de que a norma daria um “cheque em branco” para que o governo federal gastasse mais dinheiro público em outros projetos. Bezerra retirou o trecho e incluiu um novo dispositivo para que estabelecer os gastos permitidos pelo estado de emergência sejam apenas com os benefícios delimitados pela PEC.
Além disso, o senador adicionou à redação uma norma para impedir que os valores reservados ao Auxílio Gás e Auxílio Brasil sejam usados para qualquer tipo de publicidade institucional.