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Vereador diz em sessão para prefeita de Balneário Pinhal: ‘vai ser do lar’ e ‘vai para a cozinha pagar os pecados



Márcia Rosane Tedesco de Oliveira (PTB) registrou ocorrência policial contra Aldo Menegheti (MDB) por violência de gênero. Político é o mesmo que disse que seria o “patrão mais ruim” para seus funcionários caso votassem em Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2022.

Foto: Foto: Reprodução/Redes sociais
14 de setembro de 2023

A prefeita Márcia Rosane Tedesco de Oliveira (PTB), de Balneário Pinhal, na Região Metropolitana de Porto Alegre, registrou uma ocorrência por violência de gênero em uma delegacia de polícia contra o vereador Aldo Menegheti (MDB) após uma fala dele durante sessão na câmara da última segunda-feira (11).

g1 entrou em contato com o advogado que defende Menegheti, mas não obteve uma posição a respeito do caso até a publicação desta reportagem.

Ao narrar um episódio em que se sentiu ofendido pela prefeita durante um evento tradicionalista há dois anos, ele disse que “ela vai fazer o que não gosta: ser do lar”, e que “vai para a cozinha pagar os pecados”

“Ela vai para cozinha para pagar o pecado que ela fez. Ela usou – eu nem vou falar muito senão eu vou chorar – das coisas que eu mais gosto para me judiar. Eu tô com o meu neto molhado ali, que foi buscar a chama no Capivari. Minha filha toda molhada. Mas eu não estava no protocolo da prefeitura. Ela vai para cozinha para pagar os pecados dela! Cada vez que tu ir fazer comida e lavar a louça tu vai te lembrar do discurso do Meneghetti, que vai ficar gravado aqui, dona prefeita”, disse.

Ligado ao tradicionalismo gaúcho, o que ele descreve é a busca pela chama crioula em Capivari do Sul, que é feita todos os anos devido à celebração da Revolução Farroupilha. Após, em Balneário Pinhal, houve um evento em que o vereador não teria sido chamado pelo nome durante o cerimonial. Havia um desentendimento entre o vereador e a prefeita por conta de uma obra municipal, e o político interpretou o ato como um ataque.

“Porque ela usa da coisa mais sagrada que a gente tem, [que] é o tradicionalismo, ela usa para fazer política”, disse o vereador.

Ameaça caso funcionários votassem em Lula

 

Menegheti é o mesmo vereador que, durante uma fala em sessão na câmara em 2022, disse que seria o “patrão mais ruim” para os seus empregados caso votassem no então candidato à presidência da república Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele é comerciante.

Após a fala, ele firmou um acordo com a Justiça do Trabalho. O vereador precisou ler, em plenário, uma mensagem reforçando o direito de livre escolha do voto por parte dos cidadãos, bem como a garantia de que os empregadores não cometam coação eleitoral.

No bazar de propriedade de Menegheti, foram disponibilizados panfletos contendo esclarecimentos sobre assédio eleitoral. Além disso, o empresário precisou publicar anúncio em jornal de circulação local com os mesmos esclarecimentos.

Em caso de descumprimento das medidas, ele seria obrigado a pagar multa de R$ 20 mil por infração, acrescida de R$ 10 mil por dia de atraso.

Fonte : g1 RS
Fonte : Foto: Reprodução/Redes sociais


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