Roger Machado ainda não definiu quem será o titular na partida decisiva da Libertadores
As lesões de Valencia e Borré podem obrigar Roger Machado a lançar um guri como titular naquele que o próprio técnico vê como “jogo mais importante do ano até aqui”. Para enfrentar o Nacional, fora de casa, às 19h desta quinta (15) pela quinta rodada da fase de grupos da Libertadores, o treinador pode ter de optar entre Lucca e Ricardo Mathias. Ainda que Borré tenha treinado e possa ir para o sacrifício em Montevidéu.
Mesmo assim, a tendência ainda é de que Lucca comece o jogo. Com 66 jogos no profissional e 22 anos, o atacante cearense tem mais experiência entre os adultos. Soma três temporadas entre reserva frequente, titularidade esporádica e algumas lesões.
Foi ele o escolhido para substituir Valencia na Colômbia, quando o equatoriano se machucou diante do Atlético Nacional, e para ser titular contra o Botafogo, no Rio, no domingo. Na entrevista após a goleada sofrida no Nilton Santos, Roger defendeu:
— Lucca e Ricardo são nomes que vem de retreino. Lucca não jogou mal em Medellín. E por que não dar a oportunidade para ele?
Ricardo Mathias tem 18 anos, completa 19 em julho. Recém subiu para o profissional. Presente no título do Sul-Americano sub-20 com a seleção no início do ano, o centroavante perdeu boa parte do Gauchão. Sua maior característica é a altura, mede 1m95cm. Soma apenas nove jogos no profissional, pouco mais de duas horas em campo. Seu único gol foi contra o Corinthians, em 2024, de letra.
Técnico do time sub-20 do São José, atual campeão gaúcho da categoria, André Rosa conhece bem os dois. Foi técnico e auxiliar na base do Inter e viu a chegada, a evolução e a subida dos dois atacantes. E pode falar com autoridade sobre as diferenças.
— Lucca é muito competitivo, um jogador dedicado. Mesmo sem ser um primor técnico, não falta luta — começa.
Sobre Ricardo Mathias, aponta:
— Ele chegou para a sub-17, ainda bem verde, sem maturidade e com pouco treino. É um jogador de muita qualidade técnica e tem boa presença na bola aérea. É muito alto, mas consegue ter velocidade e agilidade.
Dadas as duas características, opinou sobre a titularidade em Montevidéu:
— Escolheria Lucca. Ele é um jogador de muita entrega, que cumpre melhor as funções táticas. Além de tudo, é mais maduro, tem mais experiência, até pela idade. Num futuro breve, vejo o Mathias com mais potencial, pela técnica. Mas agora acho que Lucca está mais pronto.
O treino de quarta vai decidir o titular. Se Borré não for liberado, Roger ainda teria como opção o jovem Raykkonen, 16 anos, que corre por fora. Wesley improvisado seria outra opção.