Ministério Público faz buscas em escritório e residência de Maurício Dal Agnol, em Passo Fundo - Agora Já -

Ministério Público faz buscas em escritório e residência de Maurício Dal Agnol, em Passo Fundo



Documentos e veículos foram apreendidos. O Gaeco ainda não divulgou detalhes da ação.

Foto: O escritório que fica no Bairro Petrópolis também foi alvo da Operação. Jean Pimentel / Grupo RBS
21 de maio de 2025

Uma operação do Ministério Público, através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) faz buscas nesta quarta-feira (21) em endereços ligados ao advogado Maurício Dal Agnol em Passo Fundo e em Sarandi, no norte gaúcho.

Desde 6h30min, agentes do Ministério Público, com o auxílio da Brigada Militar, realizam buscas e apreensões na casa que fica na Vila Luiza e também no escritório, no Bairro Petrópolis. Durante a operação foram recolhidos documentos e pelo menos dois veículos, um Honda ZRV e um Honda CRV foram apreendidos na residência. Já no escritório, outros quatro veículos foram removidos: um KIA Sportage, um GM Celta, uma GM Captiva e um Renault Megane.

O MP ainda não divulgou detalhes da investigação. A defesa de Dal Agnol ainda não foi localizada.

Aguarde mais informações.

Operação Carmelina

Gerson Lopes / Especial
Em 2014 Dal Agnol chegou a ficar preso por seis meses no Presídio Regional de Passo Fundo. Gerson Lopes / Especial

Em 2014, Dal Agnol foi alvo de uma operação da Polícia Federal e do Ministério Público, quando chegou a ficar preso por seis meses no Presídio Regional de Passo Fundo.

Conforme a investigação, Dal Agnol captava clientes e entrava com processos contra empresas de telefonia como a antiga operadora Brasil Telecom para reivindicar valores referentes à propriedade de linhas telefônicas fixas.

As ações eram julgadas procedentes, mas o valor recebido não era repassado aos clientes ou era pago em quantia muito menor da que havia sido estipulada na ação.

A operação foi batizada de Carmelina porque este era o nome de uma mulher que teve cerca de R$ 100 mil desviados no golpe. Segundo a PF, ela morreu de câncer, e poderia ter custeado um tratamento se tivesse recebido o valor da maneira adequada.

Atualmente, Dal Agnol está impedido de exercer a profissão de advogado, segundo a Ordem dos Advogados do Brasil no Rio Grande do Sul. Essa suspensão vigora desde 2015.

Mais de 200 processos

Diogo Zanatta / Especial
Advogado de Passo Fundo foi alvo de ações de busca e apreensão desde as primeiras denúncias da Operação Carmelina, em 2014.Diogo Zanatta / Especial

Dal Agnol é alvo de mais de 200 processos judiciais. Em um deles, o advogado foi condenado a seis anos de prisão em regime semiaberto por lavagem de dinheiro.

Em outra ação, o acusado foi condenado a pagar R$ 66 milhões por danos morais coletivos em nome dos clientes. A Justiça afirma que o réu deve mais de R$ 230 milhões em ações individuais.

Em 2014, a Polícia Federal descobriu que Dal Agnol era proprietário de 950 imóveis – um deles, em Nova York (EUA), teria custado cerca de R$ 14 milhões. O advogado também tinha adquirido um jato de R$ 20 milhões.

Em 2014, Dal Agnol foi alvo de uma operação da Polícia Federal e do Ministério Público, chegando a ficar preso por seis meses no Presídio Regional de Passo Fundo. Dal Agnol está impedido de exercer a profissão de advogado.

Fonte : GZH 
Foto : Jean Pimentel / Grupo RBS

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