Santa Maria e outras oito cidades da Região Central decretam emergência ou calamidade em razão da chuva - Agora Já -

Santa Maria e outras oito cidades da Região Central decretam emergência ou calamidade em razão da chuva



Alagamentos deixam moradores fora de casa, comunidades ilhadas e ruas e estradas interditadas ou com bloqueio total

Foto: Cheia do Arroio Grande causa prejuízos na RS-511, em Santa Maria, maior cidade da região. Samuel Marque / Prefeitura de Santa Maria
19 de junho de 2025

A chuva que atinge o Estado nesta semana já fez com que pelo menos sete cidades da Região Central decretassem situação de emergência e outras duas, estado de calamidade pública.

Santa Maria, a maior cidade da região, está com 160 pessoas fora de casa por causa de alagamentos e decretou emergência. Conforme a prefeitura, 182 ocorrências foram registradas pela Defesa Civil até a manhã desta quinta-feira (19) — a maioria delas por residências alagadas.

Mais de 120 imóveis foram danificados e 80 pedidos de auxílio foram formalizados. Equipes distribuem lonas, telhas, cestas básicas, kits higiene e limpeza, além de roupas e colchões. Na área urbana, há dois pontos com bloqueio total e 10 que exigem atenção dos motoristas. Na zona rural, 12 trechos estão com interdição.

Municípios em situação de emergência no RS

  • Santa Maria

Tem 160 pessoas fora de casa por alagamentos. Foram formalizados 80 pedidos de auxílio. Há dois pontos de bloqueios total na área urbana e 12 trechos com interdição na zona rural.

  • Agudo

O município tem estradas danificadas, acessos bloqueados e propriedades rurais afetadas. Parte da zona norte, incluindo comunidades próximas a Nova Boêmia e à Usina Hidrelétrica de Dona Francisca, segue isolada, mas a prefeitura diz que mantém contato com os moradores. Na área urbana, bairros como o Caiçara e Centro também registraram alagamentos e danos em ruas. Não há pessoas fora de casa.

  • Dona Francisca 

A situação mais grave no município é no interior, onde 149 famílias estão ilhadas pela cheia do Arroio Formoso, que destruiu a cabeceira de uma ponte. Os moradores são monitorados pela Defesa Civil, que informou haver mercados instalados dentro da comunidade, o que diminui os impactos. Outras duas famílias estão ilhadas pelo aumento da água do Rio Jacuí. Na região urbana, 34 pessoas estão fora de suas residências.

  • Faxinal do Soturno

O município tem 10 famílias desalojadas e duas desabrigadas. Além disso, pelo menos três acessos estão interrompidos pela cheia do Rio Soturno.

  • Nova Palma

Duas áreas com deslizamentos recorrentes são monitoradas. Ambas na RS-149, o que dificulta o acesso ao município. Apenas uma família havia saído de casa, mas já retornou.

  • São João do Polêsine 

Conforme a prefeitura, cinco áreas são monitoradas, por risco de deslizamentos. O município é cortado por arroios e sangas que causaram problemas pontuais de alagamentos. Não há registro de pessoas fora de casa.

  • São Pedro do Sul 

Com a elevação dos rios Toropi e Ibicuí-Mirim, cerca de 70 moradores do interior permanecem fora de casa. Alguns foram alocados em dois abrigos instalados pela prefeitura. Cinco famílias estão ilhadas no Passo da Trincheira e uma casa foi alagada na zona urbana. Estradas e acessos ao interior foram danificados.

Municípios em calamidade pública no RS

Tayline Manganeli / divulgação
Em Jaguari, trânsito em algumas ruas só é possível de barco. Rio que dá nome à cidade está acima da cota de inundação. Tayline Manganeli / divulgação
  • Jaguari

É a situação mais grave da região até a manhã desta quinta-feira (19), quando o nível do Rio Jaguari, em queda, chegou a 11m. Ainda assim, está um metro e meio acima da cota de inundação, que é de 9m5cm. Por causa disso, 1,2 mil pessoas seguem fora de casa. Cerca de 150 famílias estão acolhidas em seis abrigos municipais. Há três comunidades isoladas atendidas por voluntários e equipes da prefeitura, que levam mantimentos de barco. Na terça-feira (17), quatro pessoas chegaram a ser resgatadas por helicóptero. A expectativa da Defesa Civil é de que as primeiras famílias possam voltar para suas residências quando o rio chegar a 10m. A prefeitura segue pedindo doações.

  • Mata

Todas as 80 famílias que foram retiradas já voltam para casa. Cerca de 200 pessoas seguem ilhadas no distrito de Santa Clara. O monitoramento segue em zonas com risco para deslizamentos. Não há mais alagamentos no centro, onde 50 estabelecimentos chegaram a ficar fechados na última terça-feira (17).

Fonte : GZH 
Foto : Samuel Marque / Prefeitura de Santa Maria

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