Alagamentos deixam moradores fora de casa, comunidades ilhadas e ruas e estradas interditadas ou com bloqueio total
A chuva que atinge o Estado nesta semana já fez com que pelo menos sete cidades da Região Central decretassem situação de emergência e outras duas, estado de calamidade pública.
Santa Maria, a maior cidade da região, está com 160 pessoas fora de casa por causa de alagamentos e decretou emergência. Conforme a prefeitura, 182 ocorrências foram registradas pela Defesa Civil até a manhã desta quinta-feira (19) — a maioria delas por residências alagadas.
Mais de 120 imóveis foram danificados e 80 pedidos de auxílio foram formalizados. Equipes distribuem lonas, telhas, cestas básicas, kits higiene e limpeza, além de roupas e colchões. Na área urbana, há dois pontos com bloqueio total e 10 que exigem atenção dos motoristas. Na zona rural, 12 trechos estão com interdição.
Tem 160 pessoas fora de casa por alagamentos. Foram formalizados 80 pedidos de auxílio. Há dois pontos de bloqueios total na área urbana e 12 trechos com interdição na zona rural.
O município tem estradas danificadas, acessos bloqueados e propriedades rurais afetadas. Parte da zona norte, incluindo comunidades próximas a Nova Boêmia e à Usina Hidrelétrica de Dona Francisca, segue isolada, mas a prefeitura diz que mantém contato com os moradores. Na área urbana, bairros como o Caiçara e Centro também registraram alagamentos e danos em ruas. Não há pessoas fora de casa.
A situação mais grave no município é no interior, onde 149 famílias estão ilhadas pela cheia do Arroio Formoso, que destruiu a cabeceira de uma ponte. Os moradores são monitorados pela Defesa Civil, que informou haver mercados instalados dentro da comunidade, o que diminui os impactos. Outras duas famílias estão ilhadas pelo aumento da água do Rio Jacuí. Na região urbana, 34 pessoas estão fora de suas residências.
O município tem 10 famílias desalojadas e duas desabrigadas. Além disso, pelo menos três acessos estão interrompidos pela cheia do Rio Soturno.
Duas áreas com deslizamentos recorrentes são monitoradas. Ambas na RS-149, o que dificulta o acesso ao município. Apenas uma família havia saído de casa, mas já retornou.
Conforme a prefeitura, cinco áreas são monitoradas, por risco de deslizamentos. O município é cortado por arroios e sangas que causaram problemas pontuais de alagamentos. Não há registro de pessoas fora de casa.
Com a elevação dos rios Toropi e Ibicuí-Mirim, cerca de 70 moradores do interior permanecem fora de casa. Alguns foram alocados em dois abrigos instalados pela prefeitura. Cinco famílias estão ilhadas no Passo da Trincheira e uma casa foi alagada na zona urbana. Estradas e acessos ao interior foram danificados.
É a situação mais grave da região até a manhã desta quinta-feira (19), quando o nível do Rio Jaguari, em queda, chegou a 11m. Ainda assim, está um metro e meio acima da cota de inundação, que é de 9m5cm. Por causa disso, 1,2 mil pessoas seguem fora de casa. Cerca de 150 famílias estão acolhidas em seis abrigos municipais. Há três comunidades isoladas atendidas por voluntários e equipes da prefeitura, que levam mantimentos de barco. Na terça-feira (17), quatro pessoas chegaram a ser resgatadas por helicóptero. A expectativa da Defesa Civil é de que as primeiras famílias possam voltar para suas residências quando o rio chegar a 10m. A prefeitura segue pedindo doações.
Todas as 80 famílias que foram retiradas já voltam para casa. Cerca de 200 pessoas seguem ilhadas no distrito de Santa Clara. O monitoramento segue em zonas com risco para deslizamentos. Não há mais alagamentos no centro, onde 50 estabelecimentos chegaram a ficar fechados na última terça-feira (17).