Precisamos compreender os momentos que vivem hoje Inter e Taison. Pensando dessa forma, temos uma série de análises internas aqui, com planejamento que não se iniciou agora, sabendo das necessidades que temos, da estratégia da comissão técnica. Neste momento, não é pauta para dentro do departamento de futebol. Falar do Taison remete a coisas boas no Inter, remete a toda sua história, a tudo o que ele contribuiu, buscou e conquistou, em títulos. E também o que ajudou em sua última passagem. É um jogador que está na memória, um ídolo da nossa torcida. Do ponto de vista oficial, não recebemos nenhum tipo de oferta nem tampouco o Inter buscou negociação nesse aspecto.
Alan Patrick é essencial para o nosso grupo, é um jogador que, muito além da capacidade técnica, é uma liderança, nos ajuda demais. É extremamente técnico, disciplinado, engajado, realmente envolvido com os nossos temas no Inter, ambientado e contamos com ele para nos ajudar. Temos um contrato até o final de 2026. Então, sinceramente, para nós não é uma pauta discutir a renovação de um atleta que ainda tem mais um ano pela frente. Todas as demandas que eventualmente chegam de atletas, travamos uma discussão interna, vemos as possibilidades de solução. Nunca fica uma demanda represada. Esse momento é muito delicado, de ansiedade, de especulação e de uma série de situações. Deixamos claro que essas questões não podem atrapalhar o nosso ambiente aqui, de foco máximo na conquista do que queremos para esse ano. E situações vão vir, especulações vão vir.
Adversários nas Copas
Precisamos reconhecer que, nesse primeiro terço do Brasileirão, tivemos uma série de jogos mais complicados, e pegamos esses times. E com exceção do jogo com o Fluminense em casa, que perdemos, os enfrentamentos que fizemos com Flamengo e Palmeiras, por exemplo, fizemos grandes jogos. Inclusive poderíamos até ter vencido. Não vejo essas distâncias competitivas que se desenham no futebol em geral. O próprio Mundial de Clubes nos demonstra isso, porque nós, brasileiros, nos colocamos em uma situação de que não teríamos a mínima capacidade de jogar contra os europeus e estamos vendo que não é assim. Às vezes a questão orçamento versus folha tem uma série de situações que também vão para dentro de campo. A unidade de um grupo, a estratégia, a qualificação da comissão técnica ao estabelecer uma forma de jogar. O jogo do Botafogo com o PSG foi isso, reconhecido pelo próprio treinador do PSG. São grandes clubes, claro, mas não mudou absolutamente nada em razão de eles estarem indo bem no Mundial. Temos muita confiança de fazer grandes enfrentamentos e buscar nossa classificação.
Brasileirão 2025
É importante lembrar que quando iniciamos o ano, estabelecemos como meta principal ganhar o Gaúcho. Cumprimos isso. Depois estabelecemos que queríamos estar vivos em todas as competições e não se distanciar do pelotão de cima no Brasileirão. Se analisarmos esse contexto todo, cumprimos três quartos desse planejamento. O que não nos deixa absolutamente confortáveis em estar na zona de rebaixamento. Digo isso para contextualizar que esse mesmo elenco já passou por dificuldades e superou. Esse mesmo elenco ano passado emplacou uma série de vitórias, 16 jogos de invencibilidade, marca inédita no clube, e esse mesmo elenco aumentou o número para 17. Então tem capacidade de mudar isso já no primeiro jogo do Brasileiro. A pressão no futebol é encarada de forma natural aqui para dentro do departamento. Fazemos os diagnósticos internos, vemos que entramos desligados em alguns jogos, em outros não tivemos a capacidade de compreender a dificuldade, mas também teve jogos que fizemos grandes enfrentamentos e demonstramos tudo aquilo que falamos. Não dá para a gente desconsiderar também a questão das lesões, que não nos tiraram a força máxima em alguns jogos. É desconfortável estar no Z-4, mas nós confiamos muito que a gente vai dar a volta por cima.
Trabalho nas férias
Gostaríamos de ter informado mais, porque a compreensão de fora, muitas vezes, não é a realidade vivida dentro do departamento. A ausência de uma ou duas pessoas dentro desse processo não atrapalha em nada o planejado, dito, inclusive, pelo próprio Roger. Às vezes parece que se coloca para fora uma desmobilização do departamento ou até mesmo uma falta de comprometimento. Isso não existe. Temos um comprometimento permanente, o departamento, em momento algum, parou. As pontas mais importantes nesse momento, análise e prospecção, o mercado e o jurídico, estão permanentemente trabalhando sob a nossa supervisão.
Diálogo com Roger
Têm sido intensos. Temos uma estrutura de análise de atletas, do diagnóstico que precisamos para fortalecer nosso elenco, das nossas possibilidades de saídas em razão do cumprimento orçamentário, tudo consensuado com a comissão técnica, que participa muitas vezes desse debate. E como estamos num momento pré-janela e na reapresentação, esses 15 dias foram de comunicação permanente com o Roger. Incomodamos ele bastante e ele também nos provocou bastante. Então, a cada passo que damos , seja na avaliação de nomes, seja na avaliação de valores, seja na avaliação de novas possibilidades, temos compartilhado com o Roger.
Fonte : GZH
Foto : Ricardo Duarte / Inter / Divulgação