Mais duas famílias registram boletim de ocorrência por agressões de professora que bateu com livros em menino no RS - Agora Já -

Mais duas famílias registram boletim de ocorrência por agressões de professora que bateu com livros em menino no RS



Criança perdeu um dente e teve outros cinco comprometidos. Investigação por lesão corporal teve início na terça-feira (19). Caso aconteceu em Caxias do Sul, na Serra do Rio Grande do Sul.

Foto: Professora é investigada por agredir criança de 4 anos em escola particular no RS — Foto: Reprodução/ Câmera de segurança
21 de agosto de 2025
Professora que agrediu aluno pode responder por tortura, diz delegada

Professora que agrediu aluno pode responder por tortura, diz delegada

Mais duas famílias registraram boletins de ocorrência por agressões de uma professora contra alunos da creche Xódo da Vovó, em Caxias do Sul, na Serra do RS. De acordo com a delegada Thalita Giacomiti Andriche, responsável pelo caso, as situações seriam antigas, mas o caso recente de agressão pela mesma profissional com uma pilha de livros teria motivado as denúncias.

A delegada afirma que, informalmente, já soube de outros relatos. “Nós aguardamos os registros de ocorrência. Solicitamos que quem, inclusive, tiver esses relatos, essas notícias de crime, que compareçam, nos procurem ou procurem a Delegacia de Pronto Atendimento para registrar a ocorrência”, relata.

Sobre a investigação, Thalita afirma que estão sendo ouvidas testemunhas dos três casos, e que a professora, Leonice Batista dos Santos, de 49 anos, deve ser a última ouvida no inquérito. A previsão de conclusão da investigação é de 30 dias, mas as oitivas devem ser finalizadas ainda nesta semana, segundo a polícia.

De acordo com a delegada, a escola é tratada como testemunha, mas pode ser responsabilizada. “Ao final, se vai haver alguma responsabilização também criminal contra a escola vai depender da coleta total das provas”, afirma.

RBS TV tentou contato com Leonice, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.

A agressão

 

Professora é investigada por agredir criança de 4 anos em escola particular no RS

No vídeo que flagrou as agressões, a professora aparece gritando com o menino e, logo depois, o agride com uma pilha de livros. Em seguida, ela coloca os materiais sobre uma mesa, pega um papel para limpar a criança e, por fim, segura sua mão e o leva para outro local.

“Se chega a quebrar o pescoço do meu filho ali naquela mesa… Eu tenho certeza que de 8 a 10 kg, com certeza, tem naqueles livros lá”, diz o responsável pela criança.

A escola informa que seguiu o protocolo habitual, comunicando os pais e acionando o resgate. Após verificar as imagens das câmeras de segurança, a instituição demitiu a professora. A direção também acompanhou os pais até a delegacia e entregou o material à polícia.

A direção divulgou, em nota, que “segue à disposição das famílias para quaisquer esclarecimentos e reitera seu compromisso diário com uma educação baseada no cuidado, na ética e no bem-estar das crianças”.

O aluno estava na escola há cerca de dois meses. Ela foi escolhida porque deu segurança aos pais.

A investigação

A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) instaurou inquérito para investigar o caso como lesão corporal.

“Ao final, a gente vai conseguir tipificar exatamente esse crime. Poderá ser uma lesão corporal qualificada, mas a gente também consegue visualizar que há a possibilidade de enquadrar um crime de maus tratos qualificado ou, eventualmente, até uma tortura qualificada”, comenta a delegada Thalita Andrich, que responde interinamente pela DPCA.

Conforme informado pelos pais, o menino está em recuperação, mas enfrenta restrições alimentares e emocionais.

“Ele não pode fazer força nos dentes. Então, é só papinha, só iogurte, sopinha, arroz e feijão amassado. É triste falar, é ruim. Sinto ele muito com medo. Qualquer barulho para ele, ele está assustado, até conosco. E é um trauma. Fica um trauma. Trauma para sempre”, desabafa o pai.

Apesar do choque, os pais afirmam que não culpam a escola, mas querem justiça: “Quero que ela vá presa. A situação é difícil. O pior de tudo é ver o filho da gente ter que almoçar de canudo, jantar de canudo. Isso é o que mais dói. Isso não se faz, é um inocente”, conclui o responsável.

O que diz a escola

“A Escola Xodó da Vovó lamenta profundamente o episódio ocorrido envolvendo uma professora e um de nossos alunos. A profissional foi imediatamente afastada, as autoridades policiais comunicadas e a família da criança está recebendo todo o apoio necessário. Reforçamos que a apuração dos fatos e a devida responsabilização estão sendo conduzidas pelas autoridades competentes, que contam com o total apoio e colaboração desta instituição.

Reafirmamos nosso compromisso inegociável com a segurança, o respeito e a integridade de todos os nossos alunos e não toleraremos situações que contrariem os valores desta Escola Infantil. Seguiremos colaborando integralmente com as autoridades e trabalhando para garantir um ambiente seguro e respeitoso para todos os nossos alunos.

A Escola Xodó da Vovó segue à disposição das famílias para quaisquer esclarecimentos e reitera seu compromisso diário com uma educação baseada no cuidado, na ética e no bem-estar das crianças. Estamos juntos com nossa comunidade para fortalecer ainda mais um ambiente de confiança, aprendizado e acolhimento.

Departamento Jurídico

Escola Xodó da Vovó”

Fonte : G1
 Foto: Reprodução/ Câmera de segurança


(55) 3375-8899, (55) 99118-5145, (55) 99119-9065

Entre em contato conosco

    Copyright 2017 ® Agora Já - Todos os direitos reservados