Já o advogado de Claudiomir Rizotto, Edmundo Brescancin Vieira, afirma que manterá a mesma estratégia de sempre.
— Claudiomir tem a mesma versão do início ao fim e nunca se omitiu de falar. Nosso trabalho é mostrar aos jurados os principais pontos desse processo delicado, longo e complexo, para que eles tenham o melhor julgamento possível, o mais justo possível. O objetivo sempre foi o mesmo: a absolvição de Claudiomir — explicou.
O júri está marcado para começar às 9 horas desta quinta-feira, no Fórum de Passo Fundo.
Relembre o caso
Na noite de 19 de maio de 2020, três pessoas da mesma família foram encontradas mortas dentro de casa, na Rua Ernesto Ferron, bairro Cohab, em Passo Fundo. As vítimas eram Alessandro dos Santos, 35, sua filha Kétlyn Padia dos Santos, 15, e a tia da adolescente, Diênifer Padia, 26.
O alvo do crime era Diênifer, enquanto as outras duas vítimas foram assassinadas como queima de arquivo. Na hora do crime, havia seis pessoas na casa. As três que foram mortas e mais três crianças, filhas de Diênifer.
Na casa dos fundos, estava a esposa de Alessandro. Uma das crianças, de seis anos, foi quem saiu do local, avisou os vizinhos e pediu ajuda.
Quando a polícia chegou à casa, encontrou as três vítimas já sem vida. Elas foram asfixiadas com o uso de enforca-gatos. Os três foram sepultados em 20 de maio daquele ano.
Os autores seriam dois homens que estiveram na casa anteriormente, com o pretexto de ver um móvel que estava à venda. Eles nunca foram identificados.
Em julho daquele ano, a polícia indiciou cinco pessoas. Destas, três foram julgadas e duas condenadas:
- Eleandro Roso, marido de Fernanda, foi julgado em 2022 e condenado a 69 anos e seis meses de reclusão por envolvimento nas mortes.
- Luciano Costa dos Santos passou por dois julgamentos. O primeiro, realizado em 2023, foi anulado por contradições no resultado. O segundo júri aconteceu em setembro deste ano e condenou Costinha a 57 anos de prisão.
- Monalisa Kich, companheira de Luciano à época do crime, também foi julgada em 2023 por envolvimento no crime, mas foi absolvida.


Foto: Diênifer Padia (E), Alessandro e Kétlyn foram mortos por asfixia na noite de 19 de maio de 2020 .
Montagem sobre fotos: / Arquivo Pessoal 



