Centroavante foi fundamental no Gauchão, mas, prejudicado por lesões, não conseguiu repetir desempenho nas demais competições do ano
Estrela principal da partida do Grêmio contra o Juventude pela Copa FGF, Diego Costa vive um momento de indefinição. O centroavante, que está suspenso da partida contra o Bragantino, até apareceu a partir da segunda metade da etapa final do confronto válido pelo Troféu Zagallo, mas marcou sua exibição pelo destempero após sofrer uma falta, partir para cima do adversário e ser expulso, já nos acréscimos.
O camisa 19, decisivo no Gauchão, tenta recuperar ritmo e recuperar espaço no grupo de Renato Portaluppi, a três meses do fim de seu contrato.
Depois de um começo fulminante, Diego Costa tem repetido a realidade dos clubes anteriores, Atlético-MG e Botafogo. O centroavante foi fundamental para o título gaúcho. Isso reconhecido pelos próprios adversários.
— Diego Costa fez a diferença nas semifinais e na decisão. Contra nós, decidiu os dois jogos. E depois, na final, salvou o Grêmio quando estava perdendo. Infelizmente, tivemos de enfrentá-lo — disse o ex-técnico do Caxias Argel Fuchs, adversário do Grêmio na semifinal.
De fato, Diego Costa foi o craque do campeonato e um dos goleadores tendo atuado só seis vezes. No Estadual, marcou seis gols e deu uma assistência. O problema tem sido o pós-Gauchão.
Foram apenas nove partidas, 614 minutos desde abril. Só um gol (verdade que bem importante, diante do Huachipato, que valeu vaga nas oitavas de final da Libertadores). No Brasileirão, são três jogos e três derrotas, com um cartão vermelho e nenhuma participação para gol.
Os números são parecidos com os que teve em Atlético-MG e Botafogo. Nos seis meses no clube carioca (no ano passado), também disputou 15 partidas e marcou três gols. Em 2021, no Atlético-MG, foram 18 jogos e cinco gols.
Dono de um dos salários mais altos do time, o investimento está sendo reavaliado. Seu contrato vai até o final do ano. O problema maior nem está tanto no desempenho, mas no período fora do time. Em 2024, foram duas lesões graves, ambas musculares, em um intervalo de dois meses. Por causa delas, perdeu 68 dias (ou 20 jogos).
Nesse período, o Grêmio voltou a ter centroavante de peso. Depois do período de JP Galvão, chegaram Arezo e, posteriormente, Braithwaite, que já marcou três gols, todos pelo Brasileirão. Por isso, será preciso reavaliar o futuro de Diego Costa. Publicamente, o clube evita manifestações sobre o 2025, inclusive no que diz respeito a Renato Portaluppi. Mas, internamente, sabe que a análise sobre o custo-benefício do centroavante terá de ser criteriosa.