Alexandre Rodrigo da Silva, 46 anos, foi enterrado no Cemitério Municipal Vera Cruz
O corpo do caminhoneiro Alexandre Rodrigo da Silva, 46 anos, foi sepultado na manhã desta segunda-feira (25), no Cemitério Municipal Vera Cruz, em Passo Fundo. O homem foi atropelado por um carro no km 78 na BR-153 em Irani (SC), na tarde de sábado (23).
Conforme a família, Alexandre dirigia em direção a São Paulo, onde ia deixar uma carga de arroz, quando precisou parar o caminhão após uma falha mecânica. Como no local não havia sinal de telefone, ele pegou uma carona até a serra de Irani, a cerca de 5 quilômetros de onde o caminhão tinha estragado.
Ao chegar ao local, o motorista entrou em contato com o patrão e informou sobre o problema. Contudo, ele não conseguiu voltar ao local onde o caminhão estava estacionado: foi atropelado por um carro enquanto caminhava às margens da rodovia e morreu no local.
— Por volta das 15h40, ele me ligou informando que a mangueira de água do caminhão havia estourado e pediu que eu fosse encontrá-lo para auxiliar, até porque no local onde havia parado não tinha sinal. Quando cheguei, só encontrei o caminhão. Andei alguns quilômetros e vi uma ambulância, viaturas e o corpo — relatou Luiz de Andrade Grigolo, chefe de Alexandre, que acompanhou o velório.
Em luto, o irmão da vítima, Gabriel da Silva, conta que o irmão era uma pessoa querida por toda a comunidade. Carismático, amigo de todos, gentil e solidário, vivia no bairro Vera Cruz, em Passo Fundo, e era pai de duas mulheres, de 25 e 21 anos. Além disso, trabalhava como caminhoneiro há mais de duas décadas.
— Ele era a simplicidade em pessoa. A coisa que mais gostava era estar reunido com a família e amigos. Ainda é difícil de acreditar, ainda mais nessas circunstâncias. Um homem trabalhador que morreu cruelmente no exercício da função. Esperamos que a justiça seja feita e os responsáveis paguem por isso — lamenta.
Além das filhas, Alexandre deixa três irmãos e a mãe. Há nove meses ele havia perdido o pai.
Segundo a Polícia Civil de Santa Catarina, o condutor suspeito de causar o atropelamento foi detido ainda no sábado (23), cerca de três horas depois do acidente. Os agentes encontraram o o carro atrás de uma casa. O proprietário do automóvel, então, indicou que seu sobrinho de 36 anos havia dirigido o veículo momentos antes.
Ao contatar o motorista, ele admitiu que não prestou socorro porque estava sob efeito de álcool e escondeu o carro, que pegou emprestado de um familiar, após o atropelamento. O condutor foi preso em flagrante por homicídio culposo na direção de veículo, agravado pela fuga do local, bem como pela embriaguez ao volante constatada por perito médico.
Atropelamento aconteceu na tarde de sábado (23), no município de Irani (SC)
Bombeiros Voluntário de Irani / Divulgação
O condutor, Alexandre Rodrigo da Silva, transportava uma carga de arroz para São Paulo
Bombeiros Voluntário de Irani / Divulgação
Condutor suspeito de causar o atropelamento estava embriagado e fugiu do local
Bombeiros Voluntário de Irani / Divulgação
Motorista foi sepultado no Cemitério Municipal Vera Cruz, em Passo Fundo
Maicon Parizotto / Agencia RBS