Panambi
sexta-feira , 26 julho - 2024
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João Paulo Deckert, 27 anos, de Panambi, foi intérprete e compositor da melodia da música vencedora da Coxilha Nativista, de Cruz Alta Em 2014, descobriu que era vítima de uma síndrome viral que afeta o sistema nervoso central, o que provoca perda dos movimentos. Mas conseguiu se recuperar. "A música foi meu melhor remédio", ele diz.
Foto: Foto: Lucas Nunes O músico João Paulo Deckert, de 27 anos, aprendeu a tocar bandoneon inspirado no avô, em Panambi. Ele participa de festivais nativistas desde os 14 anos, quando subiu primeira vez do palco da Coxilha Nativista. Mas essa paixão foi temporariamente interrompida. Em 2014, descobriu que era vítima de uma síndrome viral que afeta o sistema nervoso central, o que provoca perda dos movimentos.
“Durante seis meses fiquei sem caminhar, andava de cadeira de rodas”, ele lembra.
Sequer segurar um copo d’água ou cortar um pedaço de carne ele conseguia. Mas aos poucos, com o tratamento, foi retomando a normalidade, mesmo com algumas sequelas. A música vencedora da edição 2023 do festival surgiu de uma conversa com o letrista Henrique Fernandes, que, inspirado na história de João, compôs a letra de Quando te pego em meu colo. “Quando lí, comecei a chorar”, ele lembra.
O tema fala do amor do artista pelo instrumento. “Hoje és tu que me escuta, tenho tanto a te dizer, em ti busquei renascer e desde então, sou mais vivo.”, afirma a letra.
“A música é tudo na minha vida, quando fiquei doente a única coisa que eu queria era poder voltar a tocar novamente, e naquele momento a música foi meu melhor remédio”, diz o músico.
João Paulo, então, compôs a melodia, e o resultado dessa história de superação transformada em arte , que serviu para “coroar uma volta por cima”, segundo palavras do artista, também vencedor na categoria melhor intérprete
A história do artista foi tema do quadro “De verso em verso”, do Jornal do Almoço, com o repórter Éverson Dornelles
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