O resultado da operação Escola Segura, realizado pela Polícia Civil nos estados de Santa Catarina, Rio de Janeiro, São Paulo, Pernambuco e Paraná, foi divulgado pelo delegado-geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Ulisses Gabriel. A ação capitaneada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública apreendeu 10 adolescentes, cumpriu 13 mandados de busca e apreensão, além de 11 medidas para afastamento de sigilo de dados em face dos adolescentes.

A operação foi desencadeada a partir do compartilhamento de informações entre a Polícia Civil e o Grupo de Atuação Especial no Combate a Crimes Cibernéticos, o CyberGaeco, do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), que identificaram adolescentes que planejavam, no ambiente virtual, a realização de possíveis ataques a instituições escolares nestes estados.

O objetivo da operação foi dar cumprimento às ordens judiciais deferidas pela Vara da Infância e Juventude da Comarca de Blumenau, referentes a mandados de internação provisória e busca e apreensão domiciliar contra adolescentes envolvidos em planejamentos de ataques a escolas brasileiras.

Em Santa Catarina, a operação é coordenada também pela Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC) juntamente ao CyberGaeco.

Operação Escola Segura em Santa Catarina

Em entrevista coletiva, o delegado Ulisses Gabriel, enfatizou que a operação Escola Segura não tem ligação com o ataque ocorrido na creche de Blumenau.

• “A Polícia Civil de Santa Catarina já vem atuando contra indivíduos que fazem ameaças contra escolas em diversas plataformas. Nos últimos meses foram realizadas pelo menos cinco operações em Santa Catarina evitando que indivíduos dessem continuidade a ameaças contra as instituições de ensino”, afirmou.

O diretor da DEIC, delegado Daniel Régis, destacou que a Polícia Civil em parceria com o Ministério Público está monitorando a web. “Os autores das ameaças serão identificados, localizados e responsabilizados”, disse. Ainda conforme o delegado, é importante reforçar não há nada direcionado ou orquestrado.

O Promotor Diego Barbiero, que atua no CyberGaeco, disse que a instituição congrega todas as forças de segurança que estão voltadas para proteger a sociedade.