Ex-diretora da casa prisional, chefe de segurança e dois agentes são suspeitos de crimes como tráfico de drogas e prevaricação
Foto: Denúncia a servidores da Polícia Penal faz parte da Operação Muralha, da Polícia Civil em Getúlio Vargas.
Reprodução RBS TV / Divulgação O Ministério Público (MP) denunciou quatro servidores da Polícia Penal por crimes cometidos no Presídio Estadual de Getúlio Vargas, no norte do RS. A denúncia foi encaminhada à Justiça na segunda-feira (24) e aponta os crimes de peculato, tráfico de drogas, posse ilegal de munições, condescendência criminosa e prevaricação.
A investigação faz parte da Operação Muralha, deflagrada em 6 de novembro. De acordo com o texto, os denunciados são a ex-diretora da casa prisional, o chefe de segurança e dois policiais penais.
Um dos agentes penitenciários é suspeito de desviar pertences do presídio e o outro, de tentar influenciar a ex-diretora a manter a omissão.
A ex-diretora teria tentado impedir a investigação do caso e o chefe de segurança, falhado na fiscalização que impediria o crime. As identidades dos servidores não foram divulgadas.
Conforme a investigação, um dos agentes penitenciários é suspeito de desviar alimentos, medicamentos, produtos de limpeza e utensílios da unidade entre os anos 2016 de 2025. Os desvios ocorreriam durante a madrugada, quando os colegas estavam dormindo.
O servidor também teria comercializado medicamentos controlados, prática que configura tráfico de drogas. Ele mantinha munições calibre .38 em casa.
A então diretora do presídio foi denunciada por condescendência criminosa e prevaricação. Ela não teria responsabilizado o agente e teria tentado impedir apurações, afastando policiais que denunciavam irregularidades.
O outro policial penal é suspeito de influenciar a diretora para manter a omissão. Já o chefe de segurança responde por peculato culposo devido a falhas na fiscalização, o que teria facilitado os desvios.
O MP solicitou à Justiça que os quatro fossem responsabilizados com fixação de um valor mínimo para reparação dos danos que não seja menor que 20 salários mínimos (equivalente a R$ 30,3 mil).
A diretora do Presídio Estadual de Getúlio Vargas foi afastada do cargo no último dia 6, durante a operação. Além dela, dois servidores foram afastados e um agente penal foi preso preventivamente pela suspeita de desviar alimentos da unidade prisional, como carne, ovos e leite.
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