Em tratoraço, agricultores se deslocam por rodovias do norte gaúcho por renegociação de dívidas - Agora Já -

Em tratoraço, agricultores se deslocam por rodovias do norte gaúcho por renegociação de dívidas



Centenas de veículos e máquinas agrícolas saíram de cidades como Tio Hugo, Marau, Pontão e Coxilha em direção a Passo Fundo. Trânsito é lento nas estradas da região

Foto: Trânsito nas rodovias é lento e orientado pelo Comando Rodoviário da Brigada Militar. Jean Pimentel / Grupo RBS
6 de junho de 2025

Um grupo de agricultores do norte do Estado se mobiliza nesta sexta-feira (6) para reivindicar melhores condições para o pagamento de dívidas rurais.

Os manifestantes se deslocam com tratores e máquinas agrícolas de cidades como Tio Hugo, Marau, Coxilha e Pontão em direção a Passo Fundo. Segundo o Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM), o trânsito é lento nas rodovias da região e motoristas devem ficar atentos. O comando realiza a escolta os manifestantes.

O ponto de encontro da manifestação é no trevo da Caravela, no entroncamento da RS-153 com a RS-324. Depois, o tratoraço deve seguir até a agência do Banco do Brasil, que fica no centro de Passo Fundo.

Os protestos pela chamada securitização — que transformaria as dívidas em títulos com prazos mais longos para pagamento — acontecem desde o começo de maio em diferentes cidades do Estado. Com dívidas agravadas pelos impactos climáticos das últimas safras, os produtores pedem alternativas ao governo federal.

Prorrogação dos vencimentos

Em 29 de maio, o Conselho Monetário Nacional (CMN) confirmou a prorrogação dos vencimentos das parcelas de financiamentos para custeio e investimentos de produtores do Rio Grande do Sul no âmbito do Plano Safra. A medida havia sido aprovada pelo governo federal após meses de negociação.

Com a medida, o prazo para pagamento das operações de custeio prorrogadas poderá ocorrer em até três anos, e as parcelas de investimento com vencimento em 2025 poderão ser prorrogadas para até um ano após o vencimento contratual.

No entanto, para aderir à facilitação, os agricultores precisarão comprovar as perdas sofridas. O atestado precisa apontar a relação entre o que foi plantado, o que foi colhido e a capacidade de pagamento.

Segundo os produtores, a medida ameniza, porém, não resolve a situação, uma vez que as perdas no campo por causas climáticas se acumulam há alguns anos. Por isso, os protestos continuam.

A reportagem de GZH Passo Fundo entrou em contato como Ministério da Agricultura e Pecuária, mas até o momento não recebeu retorno. O espaço segue aberto.

Fonte : GZH 
Foto : Jean Pimentel / Grupo RBS

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