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Entre eufemismos e questionamentos, Inter evita falar sobre chances de rebaixamento



Após derrota para o Vitória, distância para o 17º colocado diminuiu e pode cair ainda mais nesta quinta-feira

Foto: Emiliano e Ramón Díaz falaram sobre a situação do Inter. Saimon Bianchini / Agência RBS
6 de novembro de 2025

Eufemismo é a figura de linguagem empregada ao se utilizar palavras ou expressões que amenizam situações mais graves. Um bom exemplo de sua aplicação foi dado pela comissão técnica e pela direção do Inter após a derrota por 1 a 0 para o Vitória, na quarta-feira (5). O resultado no Barradão agravou a situação do clube na briga para fugir do rebaixamento.

Ou melhor, da tentativa de se “afastar do bloco baixo da tabela”, como disse o diretor executivo André Mazzuco. Ou evitar falar que o momento é de crise, mas que a situação não é a ideal.

As palavras amenas também saíram da boca da família Díaz. Nem o técnico Ramón nem o auxiliar Emiliano falaram explicitamente que a situação é de evitar o rebaixamento, afinal “faltam muitas rodadas” para o fim do Brasileirão.

Secação ao Santos

O time está a três pontos do Z-4, mas a distância pode diminuir nesta quinta (6), caso o Santos, 17º colocado, pontue contra o Palmeiras, no fechamento da 32ª rodada do Brasileirão. Neste cenário, os santistas sairiam da zona de rebaixamento, e jogariam novamente o Vitória para dentro dela. Assim, a margem do Inter cai para dois pontos.

Ataque zerado

Sob o comando dos Díaz, o Inter disputou nove partidas. São duas vitórias, três empates e quatro derrotas. Nos últimos quatro jogos, nenhum gol foi marcado.

— Faltam muitas rodadas para dizer nesse momento o que vai acontecer. Queremos ganhar. Temos que manter a tranquilidade e trabalhar duramente para que a equipe se recupere. Se sai da situação com personalidade, com determinação, com jogadores experientes como Borré, que não tínhamos. Tivemos que colocar três jovens — justificou Ramón.

Briga contra o Z-4

Emiliano foi mais enfático, não para conclamar a torcida a ir ao Beira-Rio para a partida contra o Bahia, no sábado (8). Foi veemente ao ser questionado outra vez se a briga colorada era contra a queda.

Na visão dele, as situações vividas por ele e seu pai em Corinthians e Vasco eram piores. Nos dois casos, pegaram as equipes no Z-4 e evitarem a ida à Segunda Divisão. Ele explanou o que pensa ser a briga contra o rebaixamento.

— Estamos na zona? — questionou. — O que você quer escutar? Que estamos brigando contra o rebaixamento para vocês ficarem tranquilos? Não estamos na zona. Pegamos dois times quase em antepenúltimo. Para nós, brigar pelo rebaixamento é estar na zona. Dependemos de nós. Para nós, é diferente a situação.

“Momento crítico”

O tom se repetiu na fala de Mazzuco, o dirigente destacado para falar após a derrota. Ao seu lado, estavam o diretor esportivo D’Alessandro o vice de futebol José Olavo Bisol. O dirigente ponderou que a diferença para o Z-4 e para o 11º é só de seis pontos e que o Inter está em uma posição equidistante das duas colocações.

— Não entendo a ânsia de aceitar a realidade. A realidade é o campeonato que estamos enfrentando. Não estamos na zona de rebaixamento, estamos enfrentando um momento difícil. Queremos o quanto antes pontuar. Estamos num momento crítico — admitiu, enfim.

Para a partida contra o Bahia, os Díaz terão o retorno de Mercado e Borré. Os dois cumpriram suspensão diante do Vitória.

Fonte : GZH 
Foto : Saimon Bianchini / Agência RBS

 


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