Tricolor terá chance de reduzir distância para o Mirassol, atual 8º colocado, na próxima rodada
A partir desta segunda (8), o Grêmio terá 90 dias para decidir seu 2026. Serão 12 semanas para Mano Menezes levar o time em condições de alcançar seus objetivos até a última rodada do Brasileirão, marcada para 7 de dezembro.
A tarefa, no entanto, não pode esperar tanto para se concretizar. Será preciso começar essa arrancada a partir da próxima rodada. Pontuar contra o Mirassol na Arena neste próximo domingo é o primeiro passo para tornar essa recuperação dentro da competição possível.
Mano terá um reforço de peso já a partir de agora. Preparado nas últimas semanas, Arthur fará sua estreia. O meio-campista ainda não terá a companhia de Willian no setor. O último contratado deve ser preparado para o clássico Gre-Nal do dia 21 de setembro.
O objetivo do departamento de futebol para o Brasileirão é o mesmo do início da competição. O clube projeta terminar entre os oito primeiros. Até o sexto lugar, sem a definição de mais vagas liberadas pelas campanhas de brasileiros na Libertadores e o resultado da Copa do Brasil, o caminho é disputar a principal competição das Américas no próximo ano.
O próximo adversário é o alvo. O Mirassol, com 35 pontos e 58,3% de aproveitamento, é sexto lugar no momento. Se manter o aproveitamento atual, o time paulista terminaria o torneio com 66 pontos.
Para chegar aos 67 pontos e não depender de critérios de desempate, o Grêmio precisa somar 42 dos 51 pontos que tem a disputar. Seria necessária uma campanha de 82,3% de aproveitamento dos pontos, rendimento superior aos 74% do líder Flamengo.
Especializado em cálculos futebolísticos, o Departamento de Matemática da UFMG indica uma probabilidade de 4,1% de o time de Mano Menezes terminar o Brasileirão entre os seis primeiros.
Do oitavo ao 12º lugar, o prêmio é disputar a Copa Sul-Americana no próximo ano. Com um jogo a menos que o Corinthians, atual último time que se classificaria, o Grêmio tem 47,3% de chances de conquistar a vaga de acordo com as projeções da UFMG.
Depois do empate com o Flamengo, Mano pregou um discurso cauteloso. O técnico citou exemplos em seus trabalhos de situação em que suas equipes começavam a dar sinais de recuperação, mas voltavam a apresentar irregularidades quando miravam objetivos maiores.
— Sempre procuro fazer as coisas com os pés no chão. Estar na parte de baixo da tabela é muito cruel, principalmente para um clube grande com a tradição como é a do Grêmio. Existe uma pressão que se cria no ambiente, que é um negócio limitador de muita coisa, que você sabe que os jogadores têm capacidade para fazer mais. Então, primeiro, nós temos que firmar o nosso pé. Saindo dessa situação, depois que estivermos firmes, nós podemos olhar para frente, para cima na tabela. Porque eu já tive experiência nos outros anos, tanto no Corinthians quanto no Fluminense, que fizemos uma reação, começamos a olhar para cima, nos empolgamos e daqui a pouco voltamos. E voltar é terrível nessa situação. porque voltam todos os problemas que você já quer deixar para trás definitivamente — disse o técnico.