Segundo a secretária, a dengue e chikungunya têm sintomas parecidos e o que diferencia as duas doenças são as fortes dores nas articulações e inchaço nas mãos no segundo caso. “É tanto que não se consegue pegar um objeto. A chikungunya é transmissível nos oito primeiros dias, e o aedes neste caso tem voo curto indo até um metro e as pessoas que estão no período de oito dias contaminadas podem transmitir”, explica.
No mês passado, a Prefeitura começou a fazer as notificações ao Laboratório Central do Estado (Lacen) e os resultados no caso de chikungunya levam de 20 a 30 dias para serem conhecidos. “Quando vieram os primeiros 34 casos positivos, eles não estavam mais transmitindo. Com este número começamos uma força tarefa na atenção primária de formação, informação e prevenção trabalhando com as emergências”, conta.
Dia 21 do mês passado saiu o primeiro alerta em relação a Carazinho. “A 6ª Coordenadoria veio dia 24 de fevereiro e estão até hoje fazendo fumacê e também passando um produto interno onde tem aglomeração e começamos a fazer fim de semana, trabalho de prevenção, principalmente de acumuladores, informando que não adianta tirar água, tem que lavar com água e sabão senão o ovo do mosquito fica na borda por até um ano, tendo chuva ou não”, justifica. Ela conta que participou de uma reunião com a Superintendência do Ministério da Saúde e com a secretaria do estado e a 6ª coordenadoria e as equipes das Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) devem ser reforçadas com profissionais multidisciplinares. “Como os sintomas da chikungunya podem durar até um ano, pode atacar a saúde mental e as pessoas também vão precisar de fisioterapia”, completa.
Fonte : Correio do Povo
Foto: Mara Steffens / O Correspondente /CP