Detido é suspeito de integrar grupo que ameaçava e extorquia pessoas em troca de dinheiro. Uma das vítimas sofreu coação dos criminosos por dois anos
Um jovem de 20 anos foi preso em Tapejara, no noroeste gaúcho, por suspeita de envolvimento em uma série de extorsões, coações e associação criminosa. A prisão foi no bairro Treze de Maio, na manhã de quarta-feira (7).
Ele era um dos alvos dos dois mandados de prisão preventiva da Operação Estorno, desencadeada pela Polícia Civil de Tapejara. O outro indivíduo não foi localizado.
Também foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão nos municípios de Tapejara, Getúlio Vargas, Lagoa Vermelha, Sananduva e Caseiros. Foram apreendidos veículos — incluindo um caminhão —, celulares, documentos e dinheiro. Contas e ativos dos investigados foram bloqueados.
Segundo a delegada responsável pelo caso, Taís Neetzow, os criminosos ameaçavam as vítimas, algumas vezes com arma de fogo, para obter dinheiro. Pelo menos sete pessoas são investigadas por envolvimento nos crimes.
— Ameaçavam que fariam mal à pessoa e sua família, falavam que estavam monitorando todos e conseguiam informações particulares — relatou a delegada.
No começo as ameaças eram sutis e, quanto mais a vítima se fragilizava, maior a frequência da extorsão. Os principais alvos dos criminosos eram moradores da zona rural.
A investigação começou no início de 2025, depois que uma vítima, de 36 anos, procurou a polícia para denunciar a situação. Segundo a delegada, ela vinha sendo ameaçada pelo grupo há dois anos. Além dela, há outras vítimas indiretas que sofreram prejuízos financeiros.
A Operação contou com o apoio das 11ª e 15ª Delegacias de Polícia Regionais, através das delegacias de Passo Fundo, Getúlio Vargas, Lagoa Vermelha e Sananduva.