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quarta-feira , 1 maio - 2024
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Velório começa às 13h, na Assembleia Legislativa
Foto: Aldo Pinto foi um dos fundadores do PDT
Adriana Franciosi / Agencia RBS Aos 84 anos, morreu nesta segunda-feira (4) o ex-deputado Aldo Pinto, um dos nomes mais importantes do trabalhismo no Rio Grande do Sul. Por causa dos problemas de saúde, Aldo estava distante da política nos últimos anos, mas seu nome será para sempre lembrado por um jingle de campanha e pela aliança inusitada entre o PDT e o PDS, sucessor da antiga Arena, na eleição de 1986.
Composto por Hermes Aquino, o jingle “Eu vou de Aldo” viralizou em um tempo em que não havia redes sociais. Rodado nos nos programas de rádio e TV e nos carros de som que circulavam pela cidade, o jingle “chiclete” era cantado por adultos e crianças, mas não foi suficiente para que Aldo vencesse a eleição para governador em uma aliança que os trabalhistas, em sua maioria, nunca engoliram. A chapa tinha Aldo como candidato a governador, com Silverius Kist de vice e Nelson Marchezan e Sereno Chaise disputando o Senado. Kist e Marchezan representavam o PDS e a rejeição a esse casamento de conveniência acabou por eleger Pedro Simon (MDB) governador, José Paulo Bisol e José Fogaça como senadores
A aliança, imposta por Leonel Brizola, foi um fracasso de alto a baixo e marcou para sempre a vida do PDT e de Aldo Pinto. O partido conquistaria o Piratini quatro anos depois, com Alceu Collares, tendo João Gilberto Lucas Coelho como vice.
Esse episódio acabou por ofuscar uma faceta de Aldo Pinto lembrada pelo jornalista José Barrionuevo, uma das principais referências na cobertura política da época.
— Aldo se destacou ao propor a extinção das estatais criada s no governo de Euclides Triches. Combateu o Estado-empresa, concepção de Triches, com a criação de duas dezenas de instituições — lembra Barrionuevo.
O interesse pela política iniciou cedo: ainda na escola o ex-deputado participava dos diretórios acadêmicos, e na universidade – se formou em Agronomia pela UFRGS – atuava junto à União Nacional dos Estudantes (UNE).
Natural de Palmeira das Missões, foi eleito em 1974, pelo antigo MDB, para seu primeiro mandato como deputado estadual. Reeleito para a Assembleia em 1978, quatro anos depois chegou à Câmara Federal, pelo PDT, do qual foi um dos fundadores. Em 1986 disputou o governo do Estado e , de 1991 a 1992, foi secretário da Agricultura do RS.
Em outro momento marcante da sua trajetória pessoal, facilitou um encontro histórico entre o papa João Paulo II e as mães da Praça de Maio, da Argentina. Aldo Pinto permitiu que as mães ocupassem a sacada do seu apartamento na Praça da Matriz, em frente à Catedral Metropolitana de Porto Alegre, e exibissem uma faixa que chamou a atenção do Pontífice quando da sua visita ao Brasil em 1980.
Aldo Pinto, com o microfone na mão, discursa para apoiadores do PDT, acompanhado dos ex-governadores Alceu Collares e Leonel Brizola.
Adriana Franciosi / Agencia RBS
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