Mulher é presa suspeita de torturar filha com autismo na Região Carbonífera - Agora Já -

Mulher é presa suspeita de torturar filha com autismo na Região Carbonífera



Agressões ocorreram em hospital e foram registradas por câmera de segurança, conforme a investigação. Criança, de 10 anos, foi acolhida pelo abrigo da cidade

Foto: Imagens mostram mulher puxando os cabelos da filha. Câmeras de segurança / Reprodução
22 de agosto de 2025

Uma mulher de 41 anos foi presa em flagrante pela Polícia Civil por suspeita de lesão corporal e tortura contra a filha de 10 anos. A prisão aconteceu na terça-feira (19), em Charqueadas, na Região Carbonífera, e foi convertida em preventiva pela Justiça nesta quinta-feira (21).

Segundo a polícia, a criança, com Transtorno do Espectro Autista (TEA),  foi agredida no Hospital de Charqueadas, no centro da cidade, enquanto aguardava por uma consulta médica.

Câmeras registraram agressões

As agressões foram captadas por câmeras de segurança. As imagens mostram a menina sendo empurrada e puxada pelos cabelos no pátio da instituição. Na sequência, a criança aparece adentrando o interior do hospital, sendo arrastada pelos cabelos e contida pela mãe.

Segundo o delegado Marco Aurelio Schalmes, titular da Delegacia de Polícia (DP) de Charqueadas, as violências seguiram ocorrendo dentro do consultório, diante da equipe médica. Testemunhas relataram à polícia que a mãe desferiu socos contra a filha, inclusive na região do rosto.

Durante interrogatório, a mãe justificou as torturas afirmando que a menina era muito agressiva. A suspeita está recolhida no Presídio Estadual Feminino Madre Pelletier, em Porto Alegre. A criança foi acolhida pelo abrigo da cidade.

Os nomes dos envolvidos não foram divulgados para resguardar a integridade da criança, conforme previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Histórico de violência

O episódio ocorrido nesta semana não é isolado, conforme apuração da Polícia Civil. Em abril, a mãe da menina foi indiciada por abandono de incapaz, pois a vítima foi encontrada perambulando sozinha na RS-401.

A investigação apontou que a criança acabou saindo de casa, pois foi deixada sozinha, sem supervisão de ninguém.

Dois meses depois, em junho, a mulher voltou a ser indiciada pela polícia. Dessa vez, por tortura contra a menina. A ocorrência foi registrada após o Conselho Tutelar identificar hematomas e arranhões no corpo da criança.

— Como havia outro processo tramitando em relação à retirada da guarda dessa criança, não foi decretada a prisão preventiva da mãe naquele momento — explicou o delegado.

Uma ocorrência de 2004 indica que a suspeita teria atentado também contra um outro filho. Um boletim de ocorrência aberto em Porto Alegre cita que um bebê de apenas um ano e seis meses foi encontrado com arranhões pelo corpo.

Fonte : GZH 
Foto : Câmeras de segurança / Reprodução

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