Menino de dois anos pegou a pistola do pai, que estava carregada sobre uma mesa, e disparou contra a mãe, que foi atingida no braço e no tórax
No noite de sexta-feira (13), uma criança de dois anos atirou acidentalmente contra a mãe, que não resistiu, em Mato Grosso do Sul. A Polícia Civil investiga o caso.
O menino estava com os pais no quintal de casa quando pegou a arma do pai, localizada sobre uma mesa, e disparou contra a mãe. A mulher, de 27 anos, foi atingida no braço e no tórax. Ela chegou a ser resgatada, mas morreu no hospital. Confira a seguir o que já se sabe sobre o caso.
Câmeras de segurança instaladas na casa registraram o ocorrido. As imagens mostram os pais sentados em cadeiras no quintal, conversando, enquanto a criança brinca. Em um momento, o filho alcança a arma – que estava carregada – aponta em direção à mãe e realiza o disparo.
A mulher parece assustada e levanta, quando o menino corre e a abraça. Ela cai no chão, com o filho ao seu lado. O marido pega a arma do chão e tenta ajudar a esposa. Ela chegou a ser levada para um hospital, mas não resistiu aos ferimentos.
A polícia apreendeu uma pistola 9mm, considerada uma das mais populares no Brasil – que estrava registrada legalmente – além de um carregador e 18 munições. O homem foi levado para a delegacia e apresentou o Certificado de Registro de Arma de Fogo (CRAF), documento obrigatório para a posse de armamento.
Segundo o g1, esse é um calibre mais potente que o 0.380 e tem mais munição e poder de penetração. Em 2019, a arma chegou a ser liberada para civis, mas voltou a ter a venda restrita em 2023. Porém, quem já havia adquirido o armamento nesse intervalo pôde mantê-lo.
Após prestar os esclarecimentos iniciais, o pai da criança foi liberado em um primeiro momento. Ele deve ser ouvido novamente nos próximos dias, já que a polícia formalizou a investigação por homicídio culposo e omissão de cautela na guarda de arma de fogo, condição prevista no Estatuto do Desarmamento.
A delegada responsável pelo caso, Danielle Felismino, informou ao g1 que o homem relatou não ter percebido o momento em que o filho pegou a arma.
Enquanto o caso é investigado, o menino de dois anos deve permanecer com a família. Porém, ele pode ser encaminhado para o Conselho Tutelar para acompanhamento do setor psicossocial.