Os três fatores que levam o Inter a ter uma das melhores defesas do futebol brasileiro - Agora Já -

Os três fatores que levam o Inter a ter uma das melhores defesas do futebol brasileiro



Junto com Atlético-MG e Flamengo, time de Roger Machado está entre as equipes que menos sofreram gol na temporada

Foto: Fernando é o ponto de equilíbrio do sistema defensivo do Inter. Ricardo Duarte / Inter,Divulgação
9 de abril de 2025

Correu o Brasil as trocas de passes do Inter no primeiro gol diante do Cruzeiro, no domingo (6). Mas há imagens que não são vinhetas e são parte importante na estrutura colorada.

Lances ausentes dos melhores momentos. Em silêncio, Roger Machado criou um dos sistemas defensivos mais sólidos do futebol brasileiro.

São oito gols sofridos em 15 partidas oficiais, média de 0,53 gol sofrido por jogo. Por um outro ângulo, a equipe leva, em média, uma bola na rede a cada 169 minutos.

Cinco das jogadas resultantes em gol adversário saíram de bolas paradas, apenas três com a redonda rolando.

Somente Flamengo, por muito pouco, e Atlético-MG possuem números melhores, entre os 20 integrantes do Brasileirão deste ano. Os cariocas sofreram 0,52 gol a cada 90 minutos. Os mineiros foram vazados somente seis vezes no ano em 17 partidas. Média de 0,35 gol sofrido por jogo.

A seguir, Zero Hora apresenta três fatores determinantes para o rendimento defensivo colorado em 2025.

O time de Roger Machado adota uma marcação alta. A busca é por recuperar a bola o mais rápido e o mais perto possível do gol adversário. A formação dos jogadores nesse momento do jogo tem Valencia (ou Borré) e Alan Patrick mais adiantados.

A função deles é pressionar os zagueiros adversários. Atrás deles monta-se uma linha com Carbonero (ou Vitinho), Bruno Henrique e Wesley. O trio vigia as ações do meio-campo do oponente.

Fernando aparece um pouco mais recuado. É o chamado 1-3-2 citado pelo treinador em suas entrevistas.

Quando a bola é recuperada no campo do adversário, o Inter ganha uma vantagem posicional em relação à defesa. Apesar de serem pontas, Wesley e Carbonero marcam por dentro.

Quando o time recupera a posse, os laterais adversários, seus marcadores naturais, estão longe para fazer o encaixe, proporcionando tempo para suas ações ofensivas.

Ex-zagueiro, volante e jogador do Inter, o comentarista do SporTV Danny Morais aponta um avalista para o sistema defensivo colorado.

— O Fernando é muito importante para o equilíbrio defensivo. Faz coberturas dos laterais e dos zagueiros, sendo o ponto de equilíbrio no meio-campo. Com entendimento, ele consegue ocupar todos os espaços.

Efetividade da pressão

A pressão surte efeito. Como métrica para a avaliação da efetividade da marcação alta, os analistas táticos usam o PPDA (passes permitidos por ação defensiva). O índice é a razão entre o número de passes trocados pelo adversário para cada ação defensiva colorada (desarme, falta, interceptação, corte, etc.).

O Inter tem 7,57 de PPDA, média considerada boa — as partidas do Gauchão puxam o valor para baixo, foram jogos em que o time foi menos agressivo, enquanto que confrontos contra Grêmio, Flamengo e Bahia elevam o índice divulgado pela plataforma Wyscout.

Outro índice utilizado na avaliação são os gols esperados. A métrica vale tanto para o ataque quanto para a defesa. No aspecto defensivo, os gols esperados dos adversários do Inter no ano são de 0,72 gols por jogo, uma valor próximo dos 0,53 gol sofrido por partida. Significa que os adversários criaram o suficiente para marcar 10,8 gols, e o Inter levou oito.

Posse de bola

O primeiro brilho de Roger como técnico foi no comando de um Grêmio marcado por longas trocas de passes. A característica se mantém no seu trabalho no Inter. Parte da força defensiva do time está na fase ofensiva.

É aqui que a defesa colorada e o gol marcado diante do Cruzeiro se conectam. Além de marcar em cima e ter uma recuperação de bola rápida, o Inter tem boa manutenção da posse de bola em seus jogos.

Enquanto o time tem a bola, ele não é atacado. Assim, a troca de passes também pode se apresentar como uma ferramenta defensiva.

— O Inter exerce o controle de jogo a partir da posse de bola. Isso faz com que sofra menos — analisa Danny Morais.

A média de posse de bola colorada este ano é de 54,13%.

Os gols sofridos pelo Inter em jogos oficiais em 2025

Guarany de Bagé 2×2 Inter

  • Bola alçada da área em cobrança de lateral
  • Cruzamento

Grêmio 1×1 Inter

  • Pênalti

São Luiz 1×3 Inter

  • Cobrança de falta alçada na área

Inter 3×1 Caxias

  • Pênalti

Inter 1×1 Grêmio

  • Cobrança de falta alçada na área

Flamengo 1×1 Inter

  • Escanteio

Bahia 1×1 Inter

  • Cruzamento da esquerda

Jogos sem sofrer gol: 8

Fonte : GZH 
Foto : Ricardo Duarte / Inter, Divulgação

 


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