… para 3°C.
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quinta-feira , 12 setembro - 2024
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"Gangorra térmica" é facilitador para doenças como rinite, asma e sinusite
Foto: Em poucos dias, Passo Fundo foi de 28°C...
CRISTINA QUICLER / AFP
A cidade de Passo Fundo, no norte gaúcho, passou por mudanças bruscas de temperatura no mês de agosto, durante a chamada “gangorra térmica”. Em poucos dias, temperaturas foram de 28°C a 3°C. Essa oscilação, característica das mudanças sazonais, pode impactar significativamente a saúde, especialmente de pessoas com condições alérgicas ou respiratórias.
Os passo-fundenses Luiz Augusto Márcio Marques, 24 anos, e sua tia, Sonia Maria Quevedo, 66, são exemplos de pessoas que enfrentam dificuldades durante essas transições climáticas.
Marques e Sonia relatam crises recorrentes de rinite alérgica, especialmente durante as mudanças bruscas de temperatura.
— Tenho rinite desde que nasci e nesta época do ano sempre passo mal. Muda o clima, muda a temperatura, o cheiro de algum perfume, tudo isso me causa crise. É bem complicado — diz Marques.
Sonia complementa, contando como se adapta às mudanças climáticas:
— Agora, por exemplo, estou de moletom. Mas de tarde sempre esquenta, então tiro o casaco. Aí de noite esfria, coloco de novo… Não tem saúde que aguente essas mudanças climáticas.
Para lidar com os sintomas, os dois relatam que tomam muita água e até mesmo utilizam soro fisiológico. Em dias de chuva, a poeira baixa e o clima dá uma amenizada na saúde.
A alergista e integrante do Corpo Clínico do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) de Passo Fundo Débora Corazza Biazin afirma que, com a oscilação na temperatura, é normal aumentarem as crises de doenças alérgicas.
Segundo a especialista, pacientes com rinite alérgica e asma podem piorar devido às mudanças de temperatura, pois a maioria das pessoas tende a respirar mais pela boca, o que leva a irritação das vias respiratórias e, consequentemente, exacerbação dos quadros alérgicos. Além dessas doenças, casos como sinusites e resfriados também podem piorar.
— Os tratamentos mudam de acordo com o paciente e com a idade. Para todos, o básico deve ser benfeito, que é a lavagem nasal e a atualização do calendário vacinal. Também a orientação é evitar a automedicação. O tratamento específico, dependendo da patologia de cada paciente, pode ser feito com anti-histamínicos, corticoides nasais, medicamentos inalatórios e até mesmo antibióticos. Para isso, o acompanhamento com o especialista é fundamental — finaliza a médica.
— Quando há alteração repentina na temperatura, as células do nosso sistema imune e também as células que fazem a regulação da temperatura do corpo não têm tempo para se ajustar, levando a desregulação da nossa resposta imunológica e predispondo ao aumento de doenças, tanto alérgicas como infecciosas — explica Débora.
Para evitar complicações nesta época do ano, a médica recomenda bons hábitos alimentares, boa qualidade de sono e atividade física regular para fortalecer a imunidade.
— Também devemos lavar as mãos com frequência, beber bastante água, usar roupas adequadas, evitar o acúmulo de poeira e ácaros ao manter os ambientes ventilados e, principalmente, tomar as vacinas recomendadas de acordo com a sua idade — complementa.
A médica também recomenda a procura por especialistas em qualquer situação onde o paciente apresente sintomas alérgicos como coceira, espirros, coriza e tosse, já que o acompanhamento pode prevenir complicações do quadro. Ainda, com esse acompanhamento, Débora afirma que fica mais fácil lidar com os sintomas das alergias e passar longe de uma crise.
(55) 3375-8899, (55) 99118-5145, (55) 99119-9065
