Serviço de Monitoramento Atmosférico da União Europeia mostra que a concentração de fumaça das queimadas continua alta sobre o Estado, mesmo com a instabilidade. Apesar da queda nos níveis de material particulado fino presentes no ar, condição ainda está acima dos níveis recomendados pela Organização Mundial da Saúde em diversas regiões
A qualidade do ar apresentou melhora em diversas regiões do Rio Grande do Sul nesta terça-feira (24), aponta o site suíço IQAir. A redução nos níveis de material particulado fino presente na atmosfera é resultado do avanço da chuva sobre o Estado, com precipitação intensa desde a tarde de segunda-feira (23) em diferentes municípios.
Áreas da Campanha, Fronteira Oeste e Região Sul apresentam qualidade do ar moderado no início desta terça-feira, conforme o IQAir. O volume foi mais intenso nestas regiões, que estão sobre alerta de perigo de grandes volumes de chuva, emitido pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e válido até o meio-dia de quarta-feira (25).
Com este cenário, a qualidade do ar em Pelotas foi classificada como “moderada”, com 61 IQA, 69 pontos a menos que o índice de segunda-feira, quando o ar foi classificado como “insalubre para grupos sensíveis” pela agência IQAir. Em Bagé, na Fronteira Oeste, dados da Climatempo indicam chuva de 82 milímetros até o início da manhã. Por lá, o ar também foi categorizado como moderado, com 71 IQA.
Também houve melhora na Serra, Vale do Rio Pardo e Região Central, regiões também afetadas pela chuva. Ar mais poluído do RS na segunda-feira, classificado como “insalubre” e com 158 de IQA, Caxias do Sul apresenta índice de 105 nesta terça-feira, montante que entra na faixa “insalubre para grupos sensíveis”. Melhora também foi observada em outros municípios com ar classificado como insalubre na segunda-feira:
Em Porto Alegre, a agência suíça indica índice de 102 nesta terça-feira, 28 pontos abaixo da projeção de segunda. Apesar disso, o montante segue na faixa de “insalubre para grupos sensíveis”, com indicação de uso de máscara para pessoas com doenças pulmonares ou cardiovasculares.
Apesar da instabilidade, o Serviço de Monitoramento Atmosférico da União Europeia mostra que a concentração de fumaça sobre o Rio Grande do Sul segue alta. A chuva melhorou os índices de qualidade do ar, mas ainda não foi o suficiente para dissipar a pluma com vestígios das queimadas florestais que circula sobre o território gaúcho.
Um dos efeitos que indica a presença da fumaça sobre o Rio Grande do Sul foi nascer do Sol. Nesta segunda-feira, ele surgiu mais alaranjado e com brilho ofuscado na Capital.
*Produção: Lucas de Oliveira