Quem são "Beto Louco" e "Primo", os chefes do esquema bilionário do PCC no setor de combustíveis - Agora Já -

Quem são “Beto Louco” e “Primo”, os chefes do esquema bilionário do PCC no setor de combustíveis



Quem são "Beto Louco" e "Primo", os chefes do esquema bilionário do PCC no setor de combustíveis

Foto: Receita identificou ao menos 40 fundos de investimentos controlados pelo PCC. Receita Federal / Divulgação
28 de agosto de 2025

Dois nomes chamaram atenção na megaoperação deflagrada nesta quinta-feira (28) para desarticular esquema bilionário de lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC) por meio do setor de combustíveis: Mohamad Hussein Mourad, conhecido como “Primo” ou “João”, e Roberto Augusto Leme da Silva, o “Beto Louco”. Estima-se que pelo menos R$ 7,5 bilhões em impostos tenham sido sonegados.

Ambos são apontados como líderes de uma organização criminosa que atuava para beneficiar a facção, com a gestão de uma cadeia de empresas que atuam desde a produção e refino de combustíveis até a distribuição, o armazenamento e o funcionamento de redes de postos de combustíveis e lojas de conveniência, segundo apuração do g1.

Mourad, o Primo, é apontado como chefe de todo o esquema. As investigações indicam que ele controlava uma rede com empresas de diferentes áreas do setor de combustíveis, como usinas, refinarias e lojas de conveniência, em nome de familiares e amigos. O objetivo era realizar fraudes fiscais em larga escala, ocultar patrimônio e lavar bilhões de reais.

Na plataforma profissional LinkedIn, Mourad diz ser CEO da G8LOG — empresa alvo da operação desta quinta-feira, que atua com o transporte de cargas perigosas. “No mercado de transportes, aprendemos a desconfiar dos atalhos, valorizando a estabilidade e a segurança, metáfora que considero imprescindível na gestão dos negócios”, diz o texto de apresentação na rede social.

Já Beto Louco é apontado como chefe da Copape e Aster, outras duas empresas investigadas na megaoperação. A rede atua na produção e distribuição de combustível aos mais de mil postos envolvidos no esquema.

Beto Louco e Primo atuavam de maneira coordenada, com a divisão de responsabilidades sobre a gestão operacional, financeira e patrimonial do grupo. Juntos, os dois líderes comandavam um esquema que movimentava recursos por meio de fundos de investimento e empresas de participações, dificultando o rastreamento do dinheiro ilícito.

Investigação anterior

Em 2024, Mohamad Mourad foi denunciado por sonegação de impostos e adulteração de bombas de combustível. Na ocasião, o Ministério Público apontou que ele lucrava milhões com fraudes em postos espalhados por São Paulo — uma rede de 50 estabelecimentos em nome de “laranjas”.

Megaoperação

Cerca de 1,4 mil agentes integraram a força-tarefa nacional na manhã desta quinta-feira (28). A ação combate um esquema criminoso no setor de combustíveis, que seria comandado pela facção Primeiro Comando da Capital (PCC).

A Operação Carbono Oculto cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão em oito Estados brasileiros: São Paulo, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Rio de Janeiro e Santa Catarina.

A Receita Federal identificou ao menos 40 fundos de investimentos (multimercado e imobiliários) com patrimônio superior a R$ 30 bilhões que são controlados pelo PCC.

Como funcionava o esquema

Um dos principais eixos da fraude passaria pela importação irregular de metanol. De acordo com investigação, o produto que chegava ao país não era entregue aos destinatários indicados nas notas fiscais, mas desviado e transportado clandestinamente, com documentação fraudulenta.

Esta substância era utilizada para adulterar combustíveis, gerando lucros bilionários à organização criminosa.

Fonte : GZH 
Fonte : Receita Federal / Divulgação

 

 

 


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