Apesar de ser zagueiro, o jogador tem histórico de gols contra o Inter no Beira-Rio
O Gre-Nal de domingo (21) apresenta uma chance de redenção ao Grêmio. O momento ruim na temporada poderá ser revertido com uma vitória no Beira-Rio, a partir das 17h30min. E para que Mano Menezes consiga construir esse ambiente, uma peça que busca retornar seu protagonismo no time será importante.
Wagner Leonardo, maior investimento do Grêmio junto a Cristian Oliveira na temporada, virou reserva desde a estreia de Balbuena. Uma situação mantida com o ingresso de Noriega no setor, mas que terá uma brecha agora para retornar ao time com a suspensão de Kannemann.
Wagner Leonardo chegou a Porto Alegre como uma convicção da direção. Tanto que recebeu a camisa 3, número que era utilizado por Geromel até o final do ano passado.
Um legado que ele fez questão de abraçar quando chegou ao clube. Ao declarar que procuraria o ex-defensor para pegar dicas, assim como ouvir de Kannemann no vestiário as orientações para ter sucesso no clube.
— Preciso caminhar ao lado da história para obter sucesso. Tenho de seguir os passos deles. É assim que quero seguir — disse.
Mesmo que tenha chegado ao Grêmio no final de fevereiro, o zagueiro é um dos jogadores mais utilizados pelo Tricolor até o momento. Ele só perde para os 39 jogos de Volpi, os 37 de Dodi, as 35 partidas disputadas por Braithwaite e Edenilson e as 34 vezes em que Villasanti esteve em campo. Sexto jogador mais utilizado no clube, ele estará novamente entre as opções de Mano para o Gre-Nal.
E depois de ser improvisado pelo lado direito da defesa pela comissão técnica para jogar junto a Kannemann, o defensor retornará ao seu posicionamento mais natural. Wagner jogará pela esquerda, ao lado de Noriega.
Ele também entrega a Mano Menezes uma opção interessante nos momentos ofensivos. O zagueiro foi autor do gol gremista no clássico que terminou empatado em 1 a 1 na decisão do Gauchão.
Em seu penúltimo jogo no Beira-Rio, também contribuiu com um gol. Ele marcou na derrota por 3 a 1 do Vitória. Pelo clube baiano, no Ba-Vi, a veia artilheira do camisa 3 também ficou evidente. Em sete clássicos de Salvador, ele marcou dois gols contra o Bahia.
Além da marcação eficiente e boa presença de área contra os adversários, a liderança é um dos aspectos que também rende pontos a Wagner Leonardo na disputa pela posição. Apesar do pouco tempo de clube, o zagueiro é voz ativa no vestiário.
O defensor de 26 anos costuma ser um dos jogadores que falam com a imprensa ao final dos jogos. Em uma dessas oportunidades, ele definiu sua mentalidade quando entra em campo:
— Para nós, primeiro é um privilégio vestir essa camisa. Pressão é quem não está nessa condição. Mas quem está aqui tem que dar o melhor. A bola tem que ser nosso prato de comida. Temos que entrar com muita raça para que os resultados possam vir.
Para seguir os passos de Geromel, e se afirmar novamente como peça importante no time titular, Wagner terá uma nova chance de mostrar em campo seu valor. E nada melhor que o palco montado para a partida deste domingo. Um Gre-Nal, com muito mais em disputa do que apenas os três pontos na tabela do Brasileirão.