Justiça decretou prisão temporária da mãe das crianças, a pedido da Polícia Civil. Hipótese principal é de homicídio e motivos ainda são desconhecidos
A suspeita é de que veneno tenha sido usado para assassinar as irmãs gêmeas Antonia e Manoela Pereira, de seis anos, em Igrejinha, no Vale do Paranhana. As duas morreram no intervalo de apenas oito dias – uma, dia 7, a outra dia 15. A mãe das meninas teve a prisão temporária decretada pela Justiça, a pedido da Polícia Civil, na manhã desta quarta-feira (16).
Fontes consultadas por este colunista dizem que os indícios são de que possa ter sido usado veneno de rato para matar as crianças. Isso pela manifestação clínica dos sintomas demonstrados ao serem atendidas: ambas aspiraram grande quantidade de secreção sanguinolenta, o que indica sangramento interno, possivelmente provocado por substância tóxica exógena (vinda de fora do organismo). O indicativo é de que possa ter sido causado por medicamento ou veneno.
No caso dos venenos de rato, os sintomas incluem fortes hemorragias, como as que aparentemente acometeram as gêmeas. Não está descartado, porém, que elas tenham sido acometidas de alguma doença, algo que só a conclusão das perícias vai demonstrar. Elas ainda não estão prontas.
A mãe das meninas não assume responsabilidade nas mortes delas. A prisão dela foi requisitada (e obtida) pelos policiais pelos indícios de negligência e possível assassinato. Pesou também na decisão o fato da mulher ter sido internada, recentemente, com distúrbios psiquiátricos. Ela demonstra luto permanente em relação a outro filho, que foi assassinado.
Questionados, os policiais silenciam a respeito de testemunhos que possam ter pesado para a decretação da prisão temporária da mãe das crianças mortas.