Tradicionalismo do RS tem inclusão em cursos de danças e prova do cavalo crioulo - Agora Já -

Tradicionalismo do RS tem inclusão em cursos de danças e prova do cavalo crioulo



Em Esteio, provas do torneio "Inclusão de Ouro" tiveram recorde de inscritos. Em Novo Hamburgo, 11 pessoas com deficiência visual se formaram em cursos de danças de fandango.

Foto: Foto: ABCCC
2 de outubro de 2023

Com muitos aplausos e inclusão, foram definidos os vencedores do torneio “Inclusão de Ouro”, promovido pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos. A prova, que reúne ginetes com algum tipo de deficiência, teve 28 selecionados, um recorde, e a final aconteceu sábado (30), no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio.

Entre os ginetes, conheci o José Henrique Lima, de 23 anos, de Santo Antônio da Patrulha, que tem síndrome de Down. Ele participou na força D e, segundo o pai, o pecuarista José Ricardo Lima, de 53 anos, seu maior prazer é ouvir seu nome ser anunciado nos alto-falantes da pista de provas.

“Cada vez que chamam, ele fica emocionado”, afirma.

O rapaz é treinado pela equoterapeuta Cláudia Rocha, que atua em um centro de equestre de Viamão. Foi ela quem sugeriu ao pai de José Henrique a inscrever o filho na prova.

“Eu conheço ele desde pequeno, sei do amor que tem pelos cavalos, então, poder realizar o sonho dele, não tem explicação”, afirma a treinadora, lembrando que o contato com os animais ajuda a desenvolver a parte motora e intelectual de jovens especiais.

Outro destaque da prova foi o Dionatan Brás, de 28 anos, que participa da prova com a ajuda de uma cela adaptada, uma vez que não tem as pernas. Ele ficou em 3º lugar na categoria “A”, dos mais experientes.

“Não tem nada impossível, é só tentar. Se não der de um jeito, dá no outro. É preciso encontrar soluções para os problemas e bola pra frente”, ele ensina.

Coordenadora da prova, a incansável Josi Martins diz que o propósito do “Inclusão de Ouro” é mostrar que “tudo é possível”.

“Se encorajem, se empoderem, busquem as soluções para os problemas, e não encontrem problemas nas soluções”, prega Josi.

Inclusão na dança

Em Novo Hamburgo, outro exemplo de inclusão: 11 pessoas com deficiência visual se formaram em um curso de danças de fandango no CTG Estância da Liberdade. O curso durou quatro meses, com 16 aulas de 1h30. A ação social foi realizada pelo casal de instrutores Anderson Silva, o Anderson “Grandão” e Bya Silva.

“O maior desafio foi ensinar os passos. Mostrar é uma coisa, mas passar para alguém que não enxerga, exige outra metodologia. Às vezes eu me abaixava para pegar no pé das pessoas a indicar o movimento correto. O mesmo fazia com as mãos. “, conta Bya.

Segundo ela, o projeto terá continuidade com novas turmas.

“Queremos passar nossa cultura para essas pessoas que não enxergam”, resume a instrutora. Josi, Anderson e Bya são exemplos de gaúcho!!!

Formatura reuniu 11 pessoas com deficiência visual no CTG Terra Nativa. — Foto: Arquivo pessoal/Junior Tabajara

Fonte :   g1 RS
 Foto: ABCCC

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