Uma mulher morre a cada dois minutos durante a gravidez ou o parto, alerta ONU - Agora Já -

Uma mulher morre a cada dois minutos durante a gravidez ou o parto, alerta ONU



Mortalidade materna caiu nas últimas duas décadas, porém avanços estagnaram nos últimos anos e número de ocorrências ainda é alto

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23 de fevereiro de 2023

Uma mulher morre a cada dois minutos no mundo durante o parto ou por complicações vinculadas à gestação, alerta um novo relatório divulgado nesta quinta-feira por agências da Organização das Nações Unidas (ONU), como o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Organização Mundial da Saúde (OMS). O número de ocorrências permanece alto, apesar da queda de um terço na taxa de mortalidade materna nas últimas duas décadas, diz o documento.

A gravidez continua sendo uma “experiência extremamente perigosa para milhões de pessoas no mundo que não têm acesso a serviços de saúde respeitosos e de boa qualidade”, afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em comunicado.

De acordo com as agências da ONU que elaboraram o relatório, 287 mil mulheres morreram enquanto estavam grávidas ou ao dar à luz em 2020, uma a cada 120 segundos. No ano 2000, o número era de 446 mil.

No período, o país que registrou a queda mais expressiva (95,5%) foi Belarus, com uma morte materna para cada 100 mil nascimentos em 2020, contra 24 em 2000. Do lado oposto está a Venezuela, com 259 mortes maternas para cada 100 mil nascimentos em 2020, contra 92 em 2000, um aumento de 182,8% da mortalidade.

Embora, na média mundial, o documento destaque progressos alcançados na redução das mortes entre 2000 e 2015, o texto alerta que, desde então, as conquistas permanecem estagnadas. O resultado de 2020, que contabiliza os dados mais recentes sobre o tema, representa uma queda pequena na comparação com as 309 mil mortes registradas em 2016.

A nível mundial, a taxa de mortalidade materna caiu 34,3% entre 2000 e 2020. No entanto, entre 2016 e 2020, a taxa foi reduzida em apenas duas das oito regiões da ONU: Austrália e Nova Zelândia (em 35%) e Ásia Central e do Sul (16%). Em alguns casos foram registrados retrocessos. Em duas regiões, Europa/América do Norte e América Latina/Caribe, a taxa aumentou 17% e 15%, respectivamente.


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